Tiffany Jo Allen & A Reinvenção da Indústria

A pirataria destrói segmentos da indústria, causa demissões e fecha estabelecimentos.

Analisá-la é como analisar a guerra em si. É difícil achar argumentos positivos, mas talvez o único deles seja a de que ambas obrigam o ser humano – e a indústria – a se reinventarem.

Foi assim – e ainda é – com a indústria da música e de dvds. Já é com a indústria de cinema e games.

E assim será com a literatura.

De qualquer forma, dentre essas reinvenções, nasceram pérolas como o mp3, o My Space e o YouTube.

E dentre essas evoluções, a que acho mais fascinante é ver um artista hoje não precisar depender de nenhuma grande empresa para gravar um cd de qualidade, e se mostrar ao grande público.

Logo, de vez em quando gosto de conhecer alguns artistas ainda off-mídia, mas com tanto talento que não podem ser ignorados. E não são.

E uma dessas artistas que passei a gostar de escutar é Tiffany Jo Allen.

A menina tem uma voz com tendência ao country, criou a primeira música aos 06 anos, venceu concursos de covers nos EUA, e aos 15 anos já tem currículo de veterana, uma preocupação social admirável, e uma voz absolutamente encantadora.

Como não tenho nenhum cd de Tiffany, de vez em quando enquanto escrevo (pois não sei como alguém escreve alguma coisa que preste sem estar escutando algo), escolho algumas músicas dela no YouTube, monto em sequência e disparo a reprodução automática.

Abaixo, segue a versão dela de “No One”, da Alicia Keys, assistida por mais de um milhão e dezentas mil pessoas.

Fica a dica.

Sonhem conosco.

Desafiando Leitores – Round Three

Como prometido, retornando para mais uma rodada do Desafio: “O que diabos o príncipe Anísio estava fazendo nas Sete Montanhas de Arzallum?”

***

Oi Raphael!

Eu acho que o Anísio descobriu que Bruja estava nas sete montanhas e foi até lá para encontrá-la. Eu acho que ele queria conseguir alguma informação dela ou capturá-la, mas era uma operação secreta, por isso ele foi sozinho.

Angélica.

Bom chute. Mas se foram preciso Sete Mestres Anões para destruir um avatar daquele porte, Anísio Branford não seria páreo nem para olhar para ela.

Se comparássemos com D&D, seria como um guerreiro de 3° nível querer enfrentar sozinho um semideus, acima do 20°.

***

Acho que ele recebeu alguma notícia anônima dizendo que Branca estava nas Sete Montanhas de Nova Ether e se ele quizesse que ela sobrevivesse teria que ir lá e sózinho, pois se fosse com alguêm, essa pessoa que estivesse com ela que no caso era Bruja iria matá-la, chegando lá o príncipe Anísio vê quem realmente estava com Branca que no caso era Bruja, que só sequestrou Branca para poder o príncipe Anísio ir lá só e então ela poder matá-lo, mas quando Bruja lançou o feitiço em Anísio, na mesma hora os Sete Mestres Anões conseguem matá-la e ivês de o príncipe morrer, ele vira sapo.

Tomara que esteja certo rsrsrsrsrsrs ”/

Murilo.

Mandou bem o rapaz. Poderia ter acontecido assim realmente.

Ainda não é isso, mas o raciocínio é por aí.

***

Oi, Raphael tudo bom? Meu nome é Aline e vou dar o meu palpite do que o príncipe Anísio Terra Branford estava fazendo nas Sete Montanhas de Nova Ether:

Bom, como diz no livro, o príncipe Anísio é o primeiro filho e assim sucedera o trono. E no livro diz também que como ele sera o futuro rei, ele tem mais obrigações que o príncipe Axel. Sendo assim eu acredito que o príncipe Anísio foi até as Sete Montanhas de Nova Ether para conhecer as fronteiras do reino, as pessoas que vivem durante o seu percursso e que tipo de melhorias ele podera fazer quando ele for tomar o trono, ou seja, ele pode ter se disfarçado como uma pessoa qualquer e foi conhecer o que um dia ele ira governar. Como Anísio é jovem talvez ele não tenha tido tempo para conhecer o reino todo, ja que ele tem que estudar, treinar e mais outras obrigações que ocupam muito o seu dia. E o fato de ele ter se encontrado com Bruja eu acho que foi por acaso, ja que ela reaparece de tempos em tempos e provavelmente ela o reconheceu como o filho do homem que mandou acabar com todas as bruxas e em uma tentativa de se vingar transformou o príncipe Anísio em um sapo gigante. Também a uma pequena chance de ele ter sido encarregado de uma missão de acordo com os anões… mais seria muito descuido ele ir sozinho se esse for o caso, ja que poderia ocorrer uma tentativa de sequestro ou até assasinato por parte dos anões ou outras criaturas que possam viver nas Montanhas e também seria muito fácil para ser a resposta do desafio. =]

Aline.

Hum, gostei.

Realmente a segunda hipótese seria muito fácil para o desafio, e justifca o que havia comentado na tentativa citada acima chutada pela Angélica.

Mas o que eu gostei foi do raciocínio das obrigações de Anísio, comparadas com as de Axel. O motivo de Anísio ter ido às Sete Montanhas não é nada do que foi citado, mas ver uma leitora perceber esse detalhe citado é admirável porque ele define todo o arco de história dos dois em “Corações de Neve”.

E tem a ver com o motivo.

As peças estão cada vez mais próximas…

***

Bom, eu quero ter direito a uma chance também. Tentar não custa, nunca…

Acho que existe muitos, mas muitos fatos por trás de tudo o que ocorreu, tentei encaixar todos

Anísio Branford já pretendia viajar até o reino de Branca Coração-de-Neve para uma visita a sua futura esposa e rainha. Na época da viajem, porém, ele rebece um aviso. Não seiao certo se dos Sete Mestres Anões, ou do Reino que faz fronteira com as Montanhas, seu tio, o rei Segundo. Provavelmente apenas uma carta sobre ações de bruxa, nada sólido.

Anísio então decide aproveitar sua viagem e investigar ele mesmo, confiante em sua capacidade de resolver um problema, e afim de manter o trabalho que o pai havia realizado. Ele toma a rota mais longa para o reino de Branca, passando propositalmente pelas sete montanhas (e talvez até com intenção de visitar Segundo Branford).

Finalmente, enquanto procura varrer o possível mal, Anísio se depara, para sua surpresa, com Bruja. Mais do que uma bruxa qualquer, a primeira das fadas-caídas derrota o príncipe e o transforma no sapo que Axel mais tarde encontraria. Bruja porém é morta pelo Mestre Anão, que já estava a procurando após sentir sua presença maligna.

——-

Tentei usar bastante os comentários do Draccon sobre as outras tentativas. E até usei uma ou outra como base na verdade. Enfim….tentei =DD

P.S. Também ansioso por ler DdE:Corações-De-Neve 

Gabriel.

Hum… não daria.

Mais uma vez: seria insanidade de um príncipe que precisa ter bom senso para virar Rei, se meter uma viagem a cavalo por um Reino a oeste (Cálice, do Rei Segundo Branford) para chegar a outro que se localiza ao norte de Arzallum (Stallia, do Rei Alonso Coração-de-Neve).

Quando eu conseguir publicar o mapa de Nova Ether vai ficar mais fácil. Aliás, ele já está pronto. O problema é que o artista Vinny Cucinello (o mesmo que fez as ilustrações em estilo japonês do book trailer) está trabalhando na França, e não consegue um scaner para enviar o dito-cujo!

Eu quero ver se dá tempo de acrescentá-lo ao livro.

***

Os sete anões deviam ser guardiões de algo, algo que o rei ou o reino precisava, então ele foi até lá tentar ou negóciar com os anões, e Bruja o transformou em sapo {Bruja ou então até mesmo os anões o_o’.}

Minha hipótese ^-^ 

Carol.

Original essa, hein? Já pensou?

Os Mestres anões quem teriam dado ao príncipe a macabra pele leprosa?

Mas Anísio realmente não havia ido lá para encontrar os Mestres (que realmente são Guardiões de algo). Ele foi encontrado por acaso por eles.

O desafio continua…

Sonhem conosco.

Dragões de Eter – Resenha por Leandro “Radrak” Reis

Leandro “Radrak” Reis é um escritor da nova leva da literatura fantástica brasileira, que conheci no lançamento da antologia: Anno Domini.

Leandro foi um dos autores selecionados para a antologia, e, na época, estava ainda na árdua e penosa batalha de se vencer dragões vermelhos até a primeira publicação.

Pois bem, o rapaz conseguiu!

Lançado este ano pela Idea Editora, a mesma editora que publica a saga “A Caverna de Cristais“, da veterana (e mais do que excelente) escritora Helena Gomes, chegou ao mercado editorial a obra Grinmelken, iniciada pelo romance: Filhos de Galagah.

Inspirado no book trailer de Dragões de Éter, o irmão de Leandro até produziu um vídeo próprio muito bem-feito para a obra, utilizando  movimentos de personagens em 3d.

Conheci Rodrigo Coube, o editor da Idea, na Bienal de 2008 em São Paulo, e só tenho a elogiar o trabalho não apenas que ele vem fazendo, como o de toda equipe da Idea Editora (e que também conheci por lá).

Abaixo, segue uma curta resenha de Leandro publicada em seu blog sobre “Dragões de Éter”.

Fica a dica de se observar mais um autor brasileiro promissor.

Juntem-se a nós.

E sonhem conosco.

***

ps: essa semana respondo a mais uma leva de mensagens de leitores sobre o desafio envolvendo Anísio Branford e as Sete Montanhas de Arzallum, ok?

Promessa.

***

Resenha – Dragões de Éter

Para aqueles que esperam encontrar batalhas de dragões, esqueçam. Dragões de Éter trabalha o simbolismo desta palavra, remetendo à força e liberdade dos homens. Cada personagem é um dragão, um ser de força de vontade, que preza por seus princípios e liberdade.

Mesmo assim, a Obra está longe de se afastar do Fantástico. Em uma inteligente re-leitura de conhecidos contos de fada, Raphael nos cativa com referências inesperadas, forçando-nos a lembrar de histórias esquecidas em algum lugar de nossas mentes.

A história é contada por um narrador bem Parcial, que não pensa duas vezes antes de expor suas idéias sobre o que está acontecendo na trama. Às vezes, tal narrador exagera um pouco na dose e deixa o texto cansativo, mas logo entra de volta na trama e prende nossa atenção com afinco. Admito que é necessário passar da página número 100 para se empolgar com a leitura. Mas julgo tal intervalo necessário, pois nestas páginas iniciais, o autor prepara as peças no tabuleiro, para só então mostrar a natureza de seu jogo.

Por fim, a narrativa culmina em uma mensagem ao leitor. Algo que fará algumas pessoas pensarem. Outras não. Aconselho uma pesquisa na Net, no Google mesmo, se você não entender algum termo, como egrégora, ou mesmo éter, isso ajudará na compreensão final.

Um livro que eu indico a leitura por dois motivos:

- O escritor é brasileiro, e vale a pena prestigiar o trabalho nacional (Que não perde em nada para os livros importados);
- Você não verá mais João, Maria (Aqueles da casa de doces) e Chapeuzinho Vermelho com os mesmos olhos…

Aquaman (Episódio-Piloto)

Quem acompanha Smalville deve se lembrar bem do episódio que gira em torno de Arthur Curry, o Aquaman.

Na série, ele é interpretado por Alan Richton, e sua participação foi muito bem recebida pelos fãs da série, que gostaram do jovem Aquaman sarado disputando com Clark Kent a atenção de Lois Lane.

Diante do feito, os mesmo criadores de Smalville, Al Gough e Milles Millar, resolveram criar o projeto de um spin-off (uma série derivada de outra) do personagem meio-atlantis.

Dessa forma, eles mesmo escreveram o roteiro, e foi filmado um episódio-piloto.

Nesse episódio Arthur Curry já era interpretado por outro ator, Justin Hartley, e a idéia seguiria os mesmos padrões de Smalville, mostrando um jovem Aquaman descobrindo seus poderes e seu papel no mundo.

    

O piloto, porém, não encheu os olhos da Warner a ponto da série receber o sinal verde. Infelizmente.

O roteiro é bem feito, e como compensação pelo esforço, os criadores deram a Justin o papel de Oliver Queen, o Arqueiro Verde, no próprio Smalville.

Mas o mais bacana, entretanto, é que o tal episódio-piloto inteiro de Aquaman hoje em dia está disponível no youtube.

E, acredite, vale a pena qualquer fã da DC Comics, Liga da Justiça, Smallville ou do próprio Aquaman dar uma olhada.

Depois do divertidíssimo sarro que tiraram com o personagem no seriado Entourage, bem que ele merecia um tratamento mais sério do tipo.

Raphael Draccon & Cláudia Leitte

Quando conheci Cláudia Leitte, ela ainda era uma integrante da banda de axé Babado Novo.

Eu havia ido até o escritório da Aquarela Filmes para conversar sobre outro projeto com o diretor Toth Brondi, quando este, “do nada”, vira e me pede:

- Cara, me ajuda!

- Que foi, Toth?

- Eu preciso filmar um clipe na segunda-feira, tá tudo pronto, a casa alugada, mas ainda não tenho uma história!

Detalhe: era uma sexta-feira.

- Clipe de quem?

- De uma banda de axé. O Babado Novo.

- E qual o nome da música?

- “Bola de Sabão”. Se você topar, eu te mando o mp3 agora!

E Toth Brondi abriu o arquivo, e começou a tocar “Bola de Sabão” na sala.

Admito que a princípio não foi algo lá tão simples escutar a música e bolar uma história em dois dias.

Além disso, videoclipes são diferentes. É sempre tudo muito corrido, e “pra ontem”, e você, como roteirista, precisa agradar ao diretor, ao produtor musical e às estrelas do clipe.

No caso, por exemplo, Cláudia queria parecer “mais mulher”, caminhando no sentido oposto da imagem, por exemplo, de Kelly Key, que cada vez mais se voltava – e ainda se volta – ao público infantil.

Logo, em casa comecei a imaginar a história de um garoto que abrisse o computador, e visse um e-mail com um link chamado “Bola de Sabão”.

Ele abriria o link, e Cláudia apareceria em um vídeo. Ele daria o “play” e ela começaria a cantar.

Mas com um detalhe fantástico: ela cantaria para ele.

E ele começaria a perceber que conforme ia mexendo na tela, ele alterava o vídeo.

O roteiro original era bem complexo; havia lido o blog de Cláudia inteiro, e colocado referências a filmes e livros que ela gostava, além de ter criado algumas cenas que os marmanjões adorariam ver.

Entreguei o roteiro no sábado. No domingo, Toth me ligou e disse: “cara, o roteiro tá bom. Mas só tem um problema: a gente não tem orçamento praquilo tudo! Vamos ter de cortar no mínimo pela metade!”.

E meteram a faca na criança.

Fui na gravação em uma das casas do Renato Aragão, em Vargem Pequena aqui no RJ, e foi bem divertido.

Conversei com Cláudia um bocado, e, para minha surpresa, ela quis trocar bastante sobre literatura sobrenatural! Aliás, se mostrou uma leitora voraz, adoradora do mestre de terror Dean Koontz, um dos seus – e dos meus – autores preferidos.

Em suas próprias palavras:

- Ai, por que a gente gosta tanto dessas coisas sobrenaturais?

É compreensível as multidões que ela arrasta.

Ela é o tipo de pessoas que anima o ambiente; parece uma criança, sem parar de fazer piada ou agito o tempo inteiro.

E, independente de qual seja o seu gosto musical, em pouco tempo de contato qualquer um consegue perceber que ela não é um estrela fabricada pela mídia pop.

Ela realmente brilha.

Logo, foi interessante ouvir dela como é, na visão dela, estar em cima do palco, e como é estar fora.

A produção tirou às pressas, naquele mesmo dia, o Marcos Gimenez lá das areias da praia da Barra, meteram o rapaz em um chuveiro, depois em um figurino, e logo Toth Brondi já estava o dirigindo ali no clipe.

E as consequências?

Bom, “Bola de Sabão” se tornou na época o maior hit da banda baiana, e preparou o caminho para a carreira solo de Cláudia.

E o videoclipe? Ainda com a necessidade de ser cortado pela metade, o produto final agradou aos fãs.

Resultado final: mais de dois milhões de acesso no You Tube, e finalista do “Prêmio Multishow” e do “Meus Prêmios Nick”, dos canais Multishow e Nickelodeon.

E Cláudia me fez prometer – três vezes – entregar a ela o primeiro romance do meu universo sobrenatural, quando este fosse lançado (”Ai, eu vou contar pra todo mundo que você fez o meu clipe!!!”).

Felizmente, hoje, quase três anos depois, eu já vou poder cumprir a promessa…

Desafiando Leitores – Round Two

Mais algumas mensagens de meus leitores, topando o desafio de tentar descobrir antes do tempo: “O que diabos o príncipe Anísio Branford estava fazendo nas Sete Montanhas de Arzallum?”.

O leitor Felipe arrisca:

Eu acho que Anísio foi para as sete montanhas pois sentiu a presença de Bruja lá, e então viajou até lá para acabar com ela.

Mas vamos ver qual foi o verdadeiro motivo, né? 

Hum… o goleiro defendeu, mas ele chutou no gol.

***

O leitor Mateus também chuta:

Eu acho que anísio foi as sete montanhas afim de uma negociação com os sete anões para se aliarem ao reino de primo, que ja sentia um mal clima no ar antes de mandar anisio para as montanhas

Hum, bom chute, só que bola foi para fora.

***

E pela leitora Jéssica:

Olá Raphael!

Primeiramente quero dizer que o livro é ótimo, eu gostei muuuito mesmo e não vejo a hora de ler “Dragões de Eter – Corações de Neve”.
Bem, vamos ao assunto.
O que Anísio estava fazendo nas Sete Montanhas?
Após ter lido o livro e o conto “Bonecos de Pano” eu deduzi que o destino de Anísio não era as Sete Montanhas, eu acho que ele estava passando por lá para chegar a Glubbdubdrib, a Terra dos Feiticeiros, que, segundo o conto fica no Ocidente (então talvez possa estar a oeste de Arzallum). Ele queria ir lá pois desejava conversar com alguém que já morreu ou pedir algum favor aos feiticeiros.
Ao passar pelas Sete Montanhas para ir a Glubbdubdrib Anísio sentiu a presença de Bruja e foi procurá-la para matá-la, mas acabou sendo aprisionado. Ou ele já sabia que Bruja estava nas montanhas e foi atrás dela para matá-la e poder pegar sua cabeça para levar aos feiticeiros como pagamento.
Ao ser aprisionado Anísio foi transformado em um sapo de aparência nojenta e repugnante, o que foi uma humilhação para o primeiro príncipe que era muito cuidadoso e sempre se preocupara e se esforçara para ser um Rei perfeito que Arzallum um dia teria.

Bom, eu espero que seja isto.

Bjoss e sucesso,

Jéssica chutou acima do travessão, mas… nossa… eu adorei a versão dela! De todas as mensagens, essa foi a idéia mais criativa que já recebi até agora; parabéns!

Quando as novas camisas sairem, eu separo algumas para o pessoal que chegar mais perto, ok?

Sonhem conosco.

Sobre Roteiros Cinematográficos

 

Ontem escrevi sobre o mercado literário, aproveitando a mensagem de dois leitores.

Hoje aproveito a mensagem do Gilberto Xavier, que participou de meu workshop em São Paulo, ao longo da Mostra Curta Fantástico, para fazer alguns breves comentários sobre o mercado cinematográfico.

Saudações, Raphael!

Sou um dos caras que assistiram à sua palestra na Casa das Rosas, no domingo da semana da III Mostra Curta Fantástico. Foi bem interessante para mim, principalmente depois de eu ter assistido à oficina do Syd Field na Alumni, podendo assim comparar pensamentos! Agora quero me interar mais sobre os eventos que envolvam apresentação ou apreciação de roteiros cinematográficos, assim, gostaria de saber de você quais as principais páginas da Net, através das quais, você se mantém informado? Há outro veículo que recomenda? Costuma participar de listas de discussão de cinema? Quais? Também gostaria de saber quanto você cobra por análise de roteiro. Perdoe-me por fazer tantas perguntas assim no “primeiro” contato, mas agradeceria se pudesse fazer a gentileza de me acender essa luz, quando tiver um tempo!

Obrigado e bom ano!

Como sempre lembrando do filósofo Jack, por partes:

Sobre cultura pop: O Omelete. De vez em quando também, o Herói.

Sobre roteiros cinematográficos: O Roteiro de Cinema, portal do Fernando Marés é muito bom, principalmente para quem está começando.

Fernando inicialmente iria tentar criar uma espécie de “agência de roteiristas tupiniquim”, a Arte & Letra.

Mais para o início da minha carreira, eu quase fui agenciado por ela (nossa, deve fazer quase uns dez anos isso…). Mas acabou que não rolou, e na realidade hoje eu nem sei se ele desistiu da idéia de coordenar uma empresa do tipo, ou se a idéia original ainda existe.

Sobre mercado:  O Propmark é ótimo. Bem completo até.

Nas partes de notícias sobre as produtoras, ele parece até mesmo um “TV Fama empresarial”, dizendo qual empresa está “pegando quem”, e quais “casamentos profissionais” estão sendo desfeitos, refeitos ou iniciados.

A comunidade Roteiro – Cinema e TV, do Orkut.

O seriado da HBO: Entourage.

Costumo pouco; e elas não costumam acrescentar nada não. Mas você pode tentar a Roteiro de Cinema da Yahoo.

As melhores listas, porém, você precisa ter no mínimo um longa-metragem filmado para poder entrar.

Não existe uma tabela, nem preço fixo. Quanto mais tempo e currículo você tem no mercado, mais seu preço sobe.

Além do mais, você não cobra para analisar um roteiro de baixo-orçamento o mesmo valor que cobra para analisar um roteiro de grande orçamento.

E cada roteirista tem sua própria forma de fazer sua análise; pode ser que o preço inclua uma única leitura com comentários por escrito, pode ser que inclua uma leitura inicial e outra após a revisão do tratamento.

Pode ser que na primeira leitura haja uma crítica escrita, e na segunda uma crítica verbal. Pode ser que haja três leituras.

E sempre há o risco do roteirista ler, e falar que o roteiro está perfeito.

Contudo, pela tabela da AR (Associação dos Roteiristas), o serviço sairia por R$5 mil reais.

Mas é como citei,  em cinema não existe padronização.

Espero que tenha ajudado a você, e a outros com as mesmas dúvidas.

Grande abraço.

“Dragões de Éter” Americano?

Respondendo às mensagens dos leitores Renata Collet e Murilo Simplício, dois dos maiores defensores da série do “Dragões de Éter, e que devem ter cultos e seguidores próprios que oram a eles como seus semideuses em Nova Ether.

Olá

Queria saber se você já tentou mandar “Dragões de Éter: caçadores de bruxas” para o exterior (leia-se: Estados Unidos)
Não que seja da minha conta mas acho frustrante o fato de um livro tão bom quanto esse seja menos famoso que “Crepúsculo”, por exemplo.
Acredito que se a tradução fosse publicada nos EUA as críticas seriam boas e seu livro decolaria de vez.

Renata

***

Olá Raphael, já sabe quando o livro Coração de Neve vai ser lançado?
E faço a mesma pergunta da Renata abaixo :
Queria saber se você já tentou mandar “Dragões de Éter: caçadores de bruxas” para o exterior (leia-se: Estados Unidos)

Murilo.

Para uma obra como “Dragões” chegar ao mercado americano é preciso alguns artifícios.

Primeiro, é preciso um agente muito bom. Às vezes, até mais de um (agentes fazem co-parcerias frequentemente).

Segundo, é preciso uma editora que saiba desde o início que a série será um sucesso, e não que se surpreenda por a série virar um sucesso.

Terceiro, é preciso um suporte de mídia que complemente o universo literário e crie um diferencial para a série.

O primeiro é o contato com o mundo de lá. O segundo é a estrutura para vender o número necessário, e dar material para que o primeiro faça o tal contato com o mundo de lá. O terceiro, é o motivo que fará o tal mundo de lá ter real curiosidade de conferir e pensar no assunto.

O mercado americano é um pouco fechado para estrangeiros, mas isso não apenas o literário. Entretanto, basta um livro em inglês vender um pouco, que as editoras de lá acreditam que pode ser vendido em qualquer lugar do mundo.

Logo, para um livro estrangeiro entrar lá, ele tem de

1) cair no momento certo por algum tema contemporâneo, como “O Caçador de Pipas”, que entrou na onda do 11 de Setembro e da Guerra do Iraque, e gerou o interesse do povo americano, e do mundo (afinal, segundo Bush “Já Vai Tarde” quem não estivesse com eles, estaria contra eles), de tentar entender um pouco das motivações do “lado de lá”.

Outro exemplo de um caso assim seria “O Segredo”, que chegou em um momento que o povo americano estava revendo seus conceitos de superioridade, destruídos pela era Bush, e tendo uma crise de identidade.

Logo, aparecer naquele momento um livro que lhe dissesse: “sim, se você souber o Segredo escondido, e passar a pensar dessa forma, você volta ser superior” (o que significa em outros termos: voltar a vida de winner) era exatamente o que eles estavam precisando.

E o resto do mundo vai na carona.

Independente, se um livro conseguir estar no momento certo e estourar, ele leva uma leva de livros com a mesma temática com ele.

2) Ou ele tem de ter vendido muito no seu país de origem, e vender em outras regiões do mundo, como o “Harry”.

3) Ou ele tem de virar um filme.

Essa terceira, porém, é a opção mais complexa. É mais coerente ele se tornar um filme depois de virar um livro de sucesso.

E com o detalhe importante: o livro tem de contar uma história universal, e não regional.

Bom, também existem ainda outros artifícios, é verdade, mas esses são os principais.

E o “Dragões”, onde entra nessa? Bem, eu tenho boa parte do necessário; hoje em dia, inclusive, até mesmo a editora citada lá no segundo tópico. E os produtos ao redor da série literária estão em processo.

Logo, na verdade não falta nada ao “Dragões” para que isso aconteça; apenas dar tempo ao tempo mesmo.

É preciso de um número X de vendas (que acreditamos ter capacidade para alcançar), e é preciso que o material ao redor do universo literário tome vida (hum… vocês irão gostar dele).

E é mais fácil o “Dragões” começar pela Europa, lá por Portugal ou pela Espanha, do que pelos EUA propriamente. Os caminhos são mais fáceis.

Vamos ver o que acontece.

O que sei é que a obra tem vida própria; ela caminha sozinha e chega lá.

E, assim como vocês, eu também acredito em “Dragões”.

Bolt

 

Bolt acabou sendo o primeiro filme que assisti no cinema em 2009, da lista de filmes que têm de ser vistos nessa temporada “fim de ano-início de verão”.

Existem duas coisas que se vêem logo de cara, sem que precisem estar escritas nos créditos da animação. A primeira é que é um filme da Pixar. A segunda que é um filme de John Lasseter.

Existem duas forças que revolucionaram a animação monopolizada pelo 2D da Era Disney: a Pixar com Toy Story, e a Dreamswork com Shrek.

A Pixar revolucionou pelo 3D, e pela estrutura de roteiro.

Já Shrek revolucionou pela computação gráfica, e… bom, pela estrutura de roteiro.

Funciona assim: a Pixar relê em seus filmes “A Jornada do Herói” de uma forma carismática com um texto jovem e subtexto adulto; a Dreamswork debocha e esculacha por completo essa jornada (embora a siga com texto jovem e subtexto adulto).

Na Pixar, os personagens caminham pela jornada clássica de maneira criativa; na Dreamswork, eles caminham de maneira inversa.

Ambas chegam ao mesmo lugar: lideram bilheterias.

E, falando especificamente da Pixar já que Bolt é o tema, não há como desassociar essa revolução com o nome John Lasseter.

Foi ele o sujeito que dirigiu Toy Story 1 e 2, Vida de Inseto, e Carros. É dele o toque de midas como produtor em todos os grandes sucessos da Pixar, desde “Procurando Nemo” a “Monstros” ou “Os Incríveis”. E é ele hoje a mente criativa que mantém a Pixar na elite, e salvou a Disney da falência.

E o mais curioso é que Lasseter é um sujeito tão visionário, que foi demitido da Disney em 1983, exatamente por querer filmes feitos com computação gráfica.

Hoje ele é o chefe criativo tanto da Pixar, quanto da própria Disney.

E vê-se que Bolt tem todo o dedo dele, embora não seja dele a direção (aliás, o nome nos créditos “Renato dos Anjos” é realmente de mais um animador brasileiro arrebentando por lá; um dos responsáveis pelas movimentações do cachorro).

A estrutura segue a mesma de Carros, com um herói contaminado pela fama (em Carros era um deslumbre; aqui é inconsciente, apenas o único mundo que o personagem conhece), que precisa fazer uma viagem de autoconhecimento para descobrir quem realmente é (ou o que realmente é).

Na “Jornada do Herói”, um ponto freqüente é a negação inicial que o herói sempre tem frente a missão. Em Bolt essa linha é interessante; ninguém tem de convencer o cachorro que acredita ter superpoderes (porque o criaram em um mundo de televisão falso) de que ele é um herói, como seria o mais comum.

Os outros têm de tentar convencê-lo de que ele não é!

Há referências pops a torto e a direito, e um certo sarcasmo que lembra a estrutura da Dreamswork, em relação a cenas típicas de filme de ação, como ângulos e câmeras lentas. O interessante dos roteiros que Lasseter põe a mão é a preocupação em trazer o público adulto (que leva o filho – e a namorada – ao cinema) para a história, de uma forma que a criança entenda o texto, mas o adulto entenda o subtexto.

Existe uma discussão entre o diretor do programa do Bolt e a produtora de tv que revela bem isso. Ela quer que Bolt tenha menos cenas óbvias para atrair a audiência mais velha, ou eles demitem a equipe toda. De uma construção em forma cômica, Lasseter só está revelando uma verdade dos estúdios de hoje, e uma de suas preocupações mais obssessivas.

Na verdade, funciona assim na teoria: crianças se preocupam com cores em movimento e com uma coisa de cada vez. Algo como: “puxa, olha o gatinho! Ih, olha o passarinho! Nossa, que bonito o castelo!”. As meninas costumam se interessar mais pela parte romântica e emocional dos personagens; e os meninos… bom, da parte de ação e porrada mesmo.

Logo, quando um produtor quer fazer algo pensando em público específico, ele pensa nisso. Quando quer para todas as idades, ele junta os três.

E em Bolt, eles conseguem o feito?

Bom, é um filme de John Lasseter.

Ele sempre consegue.

2009 (Press Start To Reload)

E começamos 2009!

Não sei se isso realmente procede, mas disseram que esse ano é um ano de São Jorge, o santo guerreiro de armadura, que, assim como também a milhões de brasileiros de diferentes religiões e espiritualidades, sempre me fascinou.

Um guerreiro capaz de brilhar na luz da lua, e enfrentar dragões que cospiam fogo, desviando em um corcel bem treinado e armado com uma poderosa espada vorpal (bom, na minha cabeça era assim…).

Não é para menos o fascínio que esse guerreiro desperta; São Jorge mais parece o primeiro e mais experiente paladino da história da humanidade (com certeza, um muito além do 20º nível).

A mudança de um ano para o outro, contudo, é um ato interno, por mais que a comemoremos de maneira a externar sentimentos.

Independente, um novo ano é sempre um momento de reinícios.

E isso vale tanto para cada um de nós; quanto para a série “Dragões de Éter”; quanto para este blog.

Sobre a série “Dragões de Éter”, ela estará de volta no primeiro trimestre do ano. Em 2009 a série já irá se tornar maior do que é; e nesse um ano e pouco de vida, mais ainda para um autor estreante, ela foi um fenômeno boca a boca, e ficou meses dentre os 10% mais vendidos dos mais de 400 livros da editora Planeta do Brasil.Dragão_ultimo sabado

Como dizem as palavras do próprio presidente da editora, ditas a mim durante a Bienal de São Paulo de 2008: “Às vezes eu trago autores estrangeiros pra cá – conhecidos – e eles não vendem o que você vendeu…”.

E digam o que quiserem dizer por aí; o fato é que isso é uma vitória não apenas minha, mas da literatura fantástica desse país, pois eu sei quantos querem uma chance, e a responsabilidade que é estar lá.

Logo, para continuar a saga, dessa vez, contei com propostas de 4 editoras grandes do mercado editorial nacional.

E, bom, como em todo negócio (afinal, livro é cultura, mas mercado editorial é negócio), optei pela melhor proposta feita (principalmente pelo projeto em longo prazo), e pela qual meu coração mais pediu.

E tive retornos interessantes com este blog.

Fiquei impressionado com o número de downloads do conto no cenário de rpg nacional: Tormenta, com um conto que coloquei aqui por extrema curiosidade, apenas para matar as saudades da época em que escrevia fanfictions, mas que trouxe muitos visitantes a este sítio.

Logo, este ano vou passar a atualizar este portal mais freqüentemente até do que vinha fazendo.

Os tópicos serão divididos nas seguintes categorias:

E, claro, sempre que quiserem, só entrar em contato.

Obrigado por sonharem em terras que só existem por causa de semideuses. E por sonharem sonhos tão vívidos, que reverberam do éter, e dão cria.

Bendito sejam os homens – e os santos – que acreditam em dragões.