Dragões de Eter – Resenha por Leandro “Radrak” Reis

Leandro “Radrak” Reis é um escritor da nova leva da literatura fantástica brasileira, que conheci no lançamento da antologia: Anno Domini.

Leandro foi um dos autores selecionados para a antologia, e, na época, estava ainda na árdua e penosa batalha de se vencer dragões vermelhos até a primeira publicação.

Pois bem, o rapaz conseguiu!

Lançado este ano pela Idea Editora, a mesma editora que publica a saga “A Caverna de Cristais“, da veterana (e mais do que excelente) escritora Helena Gomes, chegou ao mercado editorial a obra Grinmelken, iniciada pelo romance: Filhos de Galagah.

Inspirado no book trailer de Dragões de Éter, o irmão de Leandro até produziu um vídeo próprio muito bem-feito para a obra, utilizando  movimentos de personagens em 3d.

Conheci Rodrigo Coube, o editor da Idea, na Bienal de 2008 em São Paulo, e só tenho a elogiar o trabalho não apenas que ele vem fazendo, como o de toda equipe da Idea Editora (e que também conheci por lá).

Abaixo, segue uma curta resenha de Leandro publicada em seu blog sobre “Dragões de Éter”.

Fica a dica de se observar mais um autor brasileiro promissor.

Juntem-se a nós.

E sonhem conosco.

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ps: essa semana respondo a mais uma leva de mensagens de leitores sobre o desafio envolvendo Anísio Branford e as Sete Montanhas de Arzallum, ok?

Promessa.

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Resenha – Dragões de Éter

Para aqueles que esperam encontrar batalhas de dragões, esqueçam. Dragões de Éter trabalha o simbolismo desta palavra, remetendo à força e liberdade dos homens. Cada personagem é um dragão, um ser de força de vontade, que preza por seus princípios e liberdade.

Mesmo assim, a Obra está longe de se afastar do Fantástico. Em uma inteligente re-leitura de conhecidos contos de fada, Raphael nos cativa com referências inesperadas, forçando-nos a lembrar de histórias esquecidas em algum lugar de nossas mentes.

A história é contada por um narrador bem Parcial, que não pensa duas vezes antes de expor suas idéias sobre o que está acontecendo na trama. Às vezes, tal narrador exagera um pouco na dose e deixa o texto cansativo, mas logo entra de volta na trama e prende nossa atenção com afinco. Admito que é necessário passar da página número 100 para se empolgar com a leitura. Mas julgo tal intervalo necessário, pois nestas páginas iniciais, o autor prepara as peças no tabuleiro, para só então mostrar a natureza de seu jogo.

Por fim, a narrativa culmina em uma mensagem ao leitor. Algo que fará algumas pessoas pensarem. Outras não. Aconselho uma pesquisa na Net, no Google mesmo, se você não entender algum termo, como egrégora, ou mesmo éter, isso ajudará na compreensão final.

Um livro que eu indico a leitura por dois motivos:

- O escritor é brasileiro, e vale a pena prestigiar o trabalho nacional (Que não perde em nada para os livros importados);
- Você não verá mais João, Maria (Aqueles da casa de doces) e Chapeuzinho Vermelho com os mesmos olhos…

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