Sobre Terra Branford…

Pergunta sobre origem do nome da Rainha Terra, do leitor Felipe:

Por acaso alguem sabe me responder se o Raphael tirou o nome da Rainha Terra do jogo Final Fantasy 5? Sendo que a personagem principal do jogo além de ter um dom magico tem o nome de Terra Branford.

Bem notado. É quase isso.

Na verdade o Final Fantasy em questão é o III na versão americana, e o VI na versão japonesa. Ao lado de Chrono Trigger, foram os dois games mais importantes da minha vida.

Logo, a idéia inicial era apenas homenagear o sobrenome “Branford”. Por isso o nome “Primo Branford”.

Entretanto, por ironia do Destino, quando fui reler a versão de um livro capa dura que tenho desde a infância do “Gato de Botas” (e que cuja coleção serviu de compendium para “Dragões de Éter”), a fada daquela história que testava Primo se chamava Fada… Terra (!).

Como ela se casou em Nova Ether com Primo Branford, virou… pasmem… “Terra Branford”.

A diferença, porém, é que a “Terra” do Final Fantasy III/VI é um nome próprio; ela se chama assim em qualquer lugar do mundo (menos na versão japonesa, onde se chama “Tina”).

A “Terra” de Nova Ether tem esse nome por causa do elemento terra. Logo, em inglês, por exemplo, seria “Earth Branford”.

Respondido?

“Comments” Liberados

A-há! Até que enfim.

Eu costumava receber e-mails de leitores reclamando que teriam me enviado aquele texto através de comments, mas que o sistema do WordPress exigia um cadastro chato – e ainda por cima em inglês – tornando a tarefa inviável.

E eles realmente estavam certos!

Pois seus problemas acabaram…

creysson

Enfim, os comments estão liberados.

Claro que você pode continuar nos enviando e-mails através de contato@raphaeldraccon.com, mas ao menos dessa vez você tem a opção, se quiser, de deixar diretamente seu comentário em qualquer post sem precisar se cadastrar na WordPress.

Tudo no oferecimento do nosso sistema patrocinador.

Sonhem conosco.

Axel (Rose) Branford?

Mensagem curiosa sobre o personagem Axel Branford, o mais popular da série “Dragões de Éter’.

Eu li Dragões de Éter, recomendado por um amigo…

Lá tem um monte de citações modernas a Caverna do Dragão, Final Fantasy, O Senhor dos Anéis etc…

Mas o que até me irritou um pouco foi a citação a artistas. Tem uma estrela chamada Cobain que se apaga no momento em que brilha mais. É uma metáfora bem clara.

Mas até aí tudo bem, o problema é que tem uma personagem chamada Axel. É uma referência óbvia a Axel Rose, e fica ainda mais claro quando ele o descreve. O problema é que eu não consegui me afeiçoar ao Axel do livro, por que toda vez que eu lia, lembrava do Axel Rose. Entendem? O Axel Branford não fixou nenhuma personalidade, nem originalidade… Então foi um personagem estereotipado e tal…

Por isso acho que tinha que criar nomes ou não fazer algo tão óbvio assim.

The Pretender.

Interessante tópico porque não é a primeira vez que questionam sobre a possível existência de uma relação entre o roqueiro Axel Rose e o personagem Axel Branford, e, provavelmente, não será a última.

E é bem interessante a opinião do leitor The Pretender porque só mostra o poder que uma obra tem sobre o imaginário coletivo, a ponto de um autor não poder nunca se dizer senhor absoluto sobre ela.

Bom, respondendo de forma direta: Axel Branford  não tem relação nenhuma com Axel Rose.

Sobre a estrela de Cobain, ela está dentro do contexto do cenário da história.

Ao longo da narrativa é estabelecida a relação entre personagens e semideuses, e sobre como os seres daquela terra reverenciam aqueles que lhes dão vida.

Logo, nossas “estrelas” aqui se tornam, literalmente, estrelas dos céus de Nova Ether, e brilham mais forte de acordo com o sentimento que domina o personagem que olha para o céu naquele momento.

Existe uma relação entre esse conceito e a cultura do universo esotérico de fadas também.

Existe a estrela de Cobain, como existe a estrela de Blake e tantas outras milhares que reverberam o motivo do brilho do astro.

Isso não vem de hoje; existem culturas milenares que já acreditavam que as almas das pessoas que morriam se tornavam estrelas que olhavam pelas pessoas que ficavam.

(o pai do Rei Leão quando morreu, virou estrela para mandar o filho fazer sexo para procriar a espécie…)

Já sobre Axel Rose, afirmo que não existe relação alguma com Axel Branford por um motivo bem direto: nunca simpatizei com Axel Rose, nem nunca fui fã, ou mesmo ouvinte, do Guns.

Nada contra a banda, obviamente; eles têm estilo e marcaram época de maneira indiscutível. É uma questão de gosto pessoal apenas.

Na verdade, gosto do nome “Axel” por ser um interessante anagrama de “Alex”. Se um dia vier a ser pai de um filho homem, provavelmente vou tentar convencer a mãe a chamá-lo assim.

A primeira vez que escutei esse nome foi na infância, devido ao jogo “Streets of Rage”.

Eu nunca fui fã do game exatamente em si; na verdade, nunca tive nem um Mega Drive; fui dos que preferiram um Super Nintendo.

Logo, como cenário minha infância foi marcada mesmo por “Final Fight”; o game de “luta de rua” mais carismático da história, capaz de fazer qualquer garoto da minha geração tremer só de escutar as músicas, ou a risada diabólica do chefe da Primeira Fase com a filha do Haggar nos braços (ah, vamos, se viveu a época, você se lembra daquele chefão style de óculos escuros, dredlocks loiros e visual punk dos anos 80, antes da fase do metrô).

Mas sobre “Streets Of Rage”, eu não simpatizava com a jogabilidade, mas era fã de dos personagens principais originais: os policiais Axel Stone, Adam Hunter e Blaze Fielding.

Axel era o herói byroniano que todo moleque gostava de se identificar;  Adam era um herói negro, o que achava um barato porque na época isso não era tão comum em games; e Blaze… ah, Blaze! <3

E nunca havia parado para pensar nisso, mas o príncipe de Arzallum, analisando hoje, tem muito da lembrança inconsciente que tinha do visual do personagem Axel Stone.

Já as ataduras e o jeito de pugilista, provavelmente vieram da lembrança que tinha do personagem Cody, do Final Fight.

Compare os dois personagens, com essa visão em mangá de Axel Branford, na visão do artista Vinny Cucinelo (que se parece em muito com a visão que eu tenho também) abaixo, e nós poderemos ver – até para minha própria surpresa – como ele parece, visualmente, uma mescla dos dois personagens.

O nome “Axel”, pelo menos para mim, remete a uma pessoa forte, como o personagem precisava ser. Porque o vejo como se o remetesse a “machado” (”Axe”), ou mais especificamente, a “alguém forte como um machado”.

E é por isso que o príncipe pugilista de Arzallum foi batizado assim.

Assim sendo, é impressionante como a infância e a adolescência marcam realmente o consciente e o inconsciente de uma pessoa.

Dessa forma…

É uma referência óbvia a Axel Rose, e fica ainda mais claro quando ele o descreve.

… eu nunca imaginei Axel Rose ao descrever Axel Branford.

O leitor The Pretender então sofreu suas próprias influências, baseadas nas referências pessoais diretas e indiretas ao longo de sua própria vida, para assim visualizar o Axel da mente dele.

E, comparando os dois, quem dirá que Axel Branford também não poderia mesmo ter o visual do roqueiro?

Logo, mais uma vez reafirmo: é isso que faz da literatura algo tão fascinante.

E é por isso que Nova Ether jamais morrerá enquanto houver ao menos um semideus lhe dando vida.

Bom, ao menos de uma coisa tenho certeza: seja quem vier a ser a mãe daquela criança hipotética citada lá em cima, acredito que ela terá de aguentar uma casa bem barulhenta.

Afinal, por mais irônico que possa ser a citação diante de todo esse raciocínio, “Axel Draccon”, no fundo, não tem um baita jeito de nome de futuro rock star?

ps: em “Dragões de Éter – Corações de Neve”, que chega em breve, Axel Branford passa por provações inacreditáveis. Acredite; apenas o motivo que fez Anísio Branford seguir para as Sete Montanhas de Arzallum já vale o ingresso…

E afirmo isso com risadas robóticas maquiavélicas em mono sounds inesquecíveis…

Qual a gestação de dragões?

Não é a primeira vez que me fazem essa pergunta abaixo.

Logo, aproveitando-a então:

***

Quanto tempo você demorou para escrever o primeiro “Dragões de éter”???

Renata

Se for só a parte de se sentar e escrever, é só fazer as contas: 10 páginas por dia em 5 dias úteis, dá 200 páginas por mês. Logo, em 3 meses eu tenho um livro do tamanho do “Dragões…”.

Como determinadas partes exigem trabalho maior, como entender a diferença entre o trotar de um cavalo comum e um corcel, ou detalhes de rituais de iniciação, a gente coloca mais um mês de crédito, e ficamos com aproximadamente 4 meses de trabalho.

Agora, se for contar desde os primeiros rabiscos (aos 17 anos) do universo, até a conclusão do Livro 1 (aos 22), então são 5 anos.

Histórias que mudam o mundo…

Interessante a questão levantada abaixo…

***

Olá, meu nome é Felipe, tenho 16 anos, moro em Franca, interior de São Paulo.

Eu geralmente não entro em contato com ninguém que eu não conheça, pois sou timido, mas, depois de eu ter lido sobre o livro Dragões de Éter e ver em que você se baseou para fazê-lo, fiquei impressionado, não dava para simplesmente deixar isso de lado e não entrar em contato. Eu precisava parabenizá-lo e dizer que estou ansioso para ler seu livro.

A história de Final Fantasy VI é maravilhosa e complexa, com personagens tão carismáticos e até mesmo reais, chegam a nos puxar para dentro da telinha. Realmente é jogo dificil de escolher o 2° preferido.

Eu descobri o meu primeiro Final Fantasy com um primo, era o oitavo da série. Toda aquela história intrigante, envolvente e complexa me maravilhou, era um mundo muito diferente e grandioso, o qual eu não conhecia, e nem mesmo imaginava. Algum tempo depois tive a oportunidade de jogar o sexto da série num emulador de Super Nintendo e adorei.

Quando era criança não sabia que minha vida (ou o modo como eu a via) poderia mudar apenas com uma história. Todas essas histórias fizeram um grande impacto em minha personalidade e tenho orgulho de dizer isso. Todos esses jogos, desenhos animados, histórias em quadrinhos, mostram um um mundo fantasioso que nos faz querer entrar nele e não sair mais.

Tenho tentado escrever algo baseado em alguns jogos como Final Fantasy, é apenas um projeto que está longe de terminar. E a cada vez que eu paro para pensar surge uma história nova, já tenho várias histórias em mente, algumas quero desenvolver em mangá, outras queria em um jogo e um delas em um livro. Eu já estava desanimando desses projetos, pensando que não me levariam a lugar algum, mas agoras vejo que nao é bem assim.

Obrigado Raphael!

Parabéns pelo seu trabalho!
Muito sucesso e paz!

(^.^)

Felipe Dadonas

Agradeço a mensagem.

O conceito que Felipe levanta em sua mensagem é verdadeiro: existem histórias capazes de modificar o mundo. Porque podem modificar uma pessoa através do exemplo. E que modificará outra com seu próprio exemplo, e assim iniciará uma corrente composta de um poderoso e positivo Efeito Borboleta.

Minha vida não seria a mesma se Bruce Lee não houvesse feito filmes.  Tenho um amigo que agiu de forma correta em uma decisão importante porque aprendeu sobre como integridade não se compra na cena final de “Perfume de Mulher”. Conheço pessoas que descobriram o valor da honra em filmes como “O Último Samurai” ou no livro “Elite da Tropa”.

Logo, aí esbarra a importância e a responsabilidade de um contador de histórias.

Sempre existe uma questão meio clichê no meio literário: afinal, você como autor prefere escrever um livro que seja um best-seller, ou um livro profundo que toque as pessoas?

Eu sempre fujo desse tipo de debate ou discussão.

Se me chamar para uma mesa redonda que queira debater isso, normalmente pulo fora. O motivo: me sinto perdendo existência, e me perguntando por que diabos naquele momento eu não estou em um computador escrevendo, ao invés de perdendo tempo com uma questão que, ao menos para mim, não faz o menor sentido.

Afinal, não entendo por que algumas pessoas pensam em tais caminhos de forma separada.

É quase como se perguntar se a luz é uma onda ou é uma partícula.

Resposta: ela é os dois. Depende de como se analisa.

É possível escrever histórias que sejam populares e que ao mesmo tempo passem profundidade. Isso é óbvio, e deveria ser a meta de todo escritor.

Acreditar no contrário seria apenas elitizar uma literatura que já é segregada.

E, se no fim das contas alguém realmente ainda duvida disso, por favor leia a mensagem abaixo:

***

Iai Rapahel

Seu livro foi otimo  e um dos melhores q li até hoje, adorei a historia, os personagens e gostei muito da forma como narrou, e no final do livro quando diz q *** SPOILER – passe o mouse por sua conta: “todos somos criadores” ***, me senti feliz pois o que mais quero hoje em dia eh ser game designer, e nao tinha certeza de minha capacidade disso, mais apos ler seu livro reencontrei uma inspiraçao que ah um tempo estava perdida.

Foi um otimo livro
obrigado,

Atauê

Como diz Thalita Rebouças: “Jabuti pra quê?”.

Existem; existem histórias capazes de mudar o mundo.

Salvando da Tormenta

A leitora Lívia questiona abaixo alguns tópicos sobre o mundo de Tormenta, cenário de RPG nacional mais conhecido do país.

O intuito é compreender melhor o conto “Lembranças de Tormenta”; talvez o primeiro fanfic da história desse cenário, que escrevi séculos atrás e disponibilizei aqui no blog para download.

***

Oi, Rafael!
Boa noite!!
Adorei o conto!! Mesmo não sabendo a história toda, é possível entender a msg que vc passa através do conto!!
Agora, vamos as perguntas de uma total alienada p/RPG!!!Rsrs

Arkam e Dredd eram guerreiros de um Rei, só q c/idades bem diferentes, certo? No caso, Dredd quem treinou Arkam p/q ele fizesse parte de um protetorado, certo??

Por aí.

Dredd é o mentor experiente, cansado do muito o que viu; Arkam é  o aprendiz dedicado que assume o cargo no momento devido.

 

Bem, quem ou o q esse protetorado protegia?

O Protetorado do Reinado se localiza no Palácio Imperial em Valkaria, capital do reino de Deheon, e segue as ordens do Imperador-Rei Thormy.

Comparando com Nova Ether, Valkaria teria a importância de Andreanne, capital de Arzallum, e o Imperador-Rei Thormy teria a importância de Primo Branford, o Rei dos Reis.

Eles não têm exatamente uma fronteira; são enviados para as missões mais difíceis e suicidas do mundo.

Praticamente um BOPE internacional.

 

A “tormenta” seria um local cheio de demônios, predadores?

É a ameaça que dá nome ao cenário.

Uma tempestade rubra que tomou de assalto determinadas áreas, com demônios macabros que podem deixar uma pessoa louca somente por olhar para eles (sim; para os iniciados, “lembra” a obra daquele outro escritor sim…).

Ela destruiu Tamu-ra, a ilha do “reino oriental” do cenário, e avançou por outros pontos de Arton.

Seria exatamente o que acontece no filme de Frank Darabont, “O Nevoeiro”, baseado na história do Stephen King, só que em proporções muito maiores, e em vermelho.

No cenário, os maiores do mundo – sejam aventureiros, cientistas, estudiosos, ou o que forem – dedicam o resto de suas vidas a entender o que é o fenômeno, e como acabar com ele.

Os pontos em vermelho do mapa são as áreas afetadas.

 

E, pelo q acho ter entendido, tais demônios estavam saindo da “tormenta” e agindo em “lugares abertos”, é isso??

Sim. Eu não acompanho mais a evolução do cenário e não sei que caminhos os autores seguiram. Logo, não sei dizer se hoje isso seria uma situação mais comum.

Entretanto, na época em que o conto foi escrito, demônios saindo de Áreas de Tormenta era uma impressionante aberração.

 

Thormy é o nome rei?

Sim. Imperador-Rei Thormy.

 

Continente Artoriano é o Reino?

Sim. O continente de Arton.

Se quiser  conhecer melhor o mapa, só clicar aqui.

 

Gorendill é uma das cidades do Reino?

Sim; conhecida como “a cidade dos leitores”.

Na época, os leitores escreviam suas idéias em forma de artigos, os autores selecionavam os melhores, publicavam e tornavam oficiais no cenário.

 

Guss Nossin é alguém q fazia parte do conselho de Gorendill?

Ele é o prefeito da cidade.

Marketeiro dos bons, se não me engano ele dissolveu o Conselho da cidade, e passou a governar sozinho.

Como era mesmo o Sílvio Santos do lugar, ninguém reclamou.

 

O q ou quem é Shinobis e tamuraniano?

“Shinobi” é um termo real para “ninja”.

Em “Tormenta”, um demônio shinobi era uma espécie de macabro “demônio-espião”, sorrateiro e capaz de sair das Áreas de Tormenta para coletar informações; de uma forma bem semelhante realmente à função do ninja real.

Clique abaixo se quiser conhecer a perturbadora forma da criatura.

“Tamuraniano” é quem vivia em Tamu-ra; uma ilha destruída pela Tormenta, onde se localizava o “reino oriental” de Arton, baseado no Japão e na China medievais.

 

Murdock… Já ouvi esse nome… Não lembro se foi em algum filme ou desenho animado… Me ajude a lembrar?!?!

Matt Murdock.

O herói Demolidor, vivido (?) no cinema por Ben Afleck.

 

Qnts perguntas, né!!Rsrs Desculpe tamanha “burrice” p/RPG!!Rs
Uma ótima semana p/vc!!
Mil bjs;
Livia

O prazer é nosso. São todos aqui sempre muito bem-vindos.

Essa semana, aliás, quero colocar aqui ainda para download o conto “Recrudescência”, que complementa o “Lembranças de Tormenta”.

Sempre em frente.

Sonhem conosco.

Dragões em SP?

Oi, Raphael! Beleza?

Sabe se o “Corações de Neve” vai ter lançamento aqui em SP?

Abraços e Ótimo 2009

Rick

***

Oi Raphael.

Seria uma boa ideia você vir para São Paulo na estréia de Dragões de eter corações de neve.

Aqui você também tem fãs. 

Espero que você pense na idéia.

Abraço de seu fã Vinícius.

 

Sem dúvida. Eu vou à São Paulo sim.

Ainda não consegui me reunir com meu editor para saber uma data de verdade sobre o lançamento de “Dragões de Éter – Corações de Neve“, mas independente de quando seja, eu vou a São Paulo sim.

Adoro essa cidade; costumo ir com frequência aí, aliás. Acaba que a maioria dos eventos literários é mesmo na cidade da garoa.

Logo que tiver datas mais concretas, posto aqui.

Abraços!

Desafiando Leitores – Round Three

Como prometido, retornando para mais uma rodada do Desafio: “O que diabos o príncipe Anísio estava fazendo nas Sete Montanhas de Arzallum?”

***

Oi Raphael!

Eu acho que o Anísio descobriu que Bruja estava nas sete montanhas e foi até lá para encontrá-la. Eu acho que ele queria conseguir alguma informação dela ou capturá-la, mas era uma operação secreta, por isso ele foi sozinho.

Angélica.

Bom chute. Mas se foram preciso Sete Mestres Anões para destruir um avatar daquele porte, Anísio Branford não seria páreo nem para olhar para ela.

Se comparássemos com D&D, seria como um guerreiro de 3° nível querer enfrentar sozinho um semideus, acima do 20°.

***

Acho que ele recebeu alguma notícia anônima dizendo que Branca estava nas Sete Montanhas de Nova Ether e se ele quizesse que ela sobrevivesse teria que ir lá e sózinho, pois se fosse com alguêm, essa pessoa que estivesse com ela que no caso era Bruja iria matá-la, chegando lá o príncipe Anísio vê quem realmente estava com Branca que no caso era Bruja, que só sequestrou Branca para poder o príncipe Anísio ir lá só e então ela poder matá-lo, mas quando Bruja lançou o feitiço em Anísio, na mesma hora os Sete Mestres Anões conseguem matá-la e ivês de o príncipe morrer, ele vira sapo.

Tomara que esteja certo rsrsrsrsrsrs ”/

Murilo.

Mandou bem o rapaz. Poderia ter acontecido assim realmente.

Ainda não é isso, mas o raciocínio é por aí.

***

Oi, Raphael tudo bom? Meu nome é Aline e vou dar o meu palpite do que o príncipe Anísio Terra Branford estava fazendo nas Sete Montanhas de Nova Ether:

Bom, como diz no livro, o príncipe Anísio é o primeiro filho e assim sucedera o trono. E no livro diz também que como ele sera o futuro rei, ele tem mais obrigações que o príncipe Axel. Sendo assim eu acredito que o príncipe Anísio foi até as Sete Montanhas de Nova Ether para conhecer as fronteiras do reino, as pessoas que vivem durante o seu percursso e que tipo de melhorias ele podera fazer quando ele for tomar o trono, ou seja, ele pode ter se disfarçado como uma pessoa qualquer e foi conhecer o que um dia ele ira governar. Como Anísio é jovem talvez ele não tenha tido tempo para conhecer o reino todo, ja que ele tem que estudar, treinar e mais outras obrigações que ocupam muito o seu dia. E o fato de ele ter se encontrado com Bruja eu acho que foi por acaso, ja que ela reaparece de tempos em tempos e provavelmente ela o reconheceu como o filho do homem que mandou acabar com todas as bruxas e em uma tentativa de se vingar transformou o príncipe Anísio em um sapo gigante. Também a uma pequena chance de ele ter sido encarregado de uma missão de acordo com os anões… mais seria muito descuido ele ir sozinho se esse for o caso, ja que poderia ocorrer uma tentativa de sequestro ou até assasinato por parte dos anões ou outras criaturas que possam viver nas Montanhas e também seria muito fácil para ser a resposta do desafio. =]

Aline.

Hum, gostei.

Realmente a segunda hipótese seria muito fácil para o desafio, e justifca o que havia comentado na tentativa citada acima chutada pela Angélica.

Mas o que eu gostei foi do raciocínio das obrigações de Anísio, comparadas com as de Axel. O motivo de Anísio ter ido às Sete Montanhas não é nada do que foi citado, mas ver uma leitora perceber esse detalhe citado é admirável porque ele define todo o arco de história dos dois em “Corações de Neve”.

E tem a ver com o motivo.

As peças estão cada vez mais próximas…

***

Bom, eu quero ter direito a uma chance também. Tentar não custa, nunca…

Acho que existe muitos, mas muitos fatos por trás de tudo o que ocorreu, tentei encaixar todos

Anísio Branford já pretendia viajar até o reino de Branca Coração-de-Neve para uma visita a sua futura esposa e rainha. Na época da viajem, porém, ele rebece um aviso. Não seiao certo se dos Sete Mestres Anões, ou do Reino que faz fronteira com as Montanhas, seu tio, o rei Segundo. Provavelmente apenas uma carta sobre ações de bruxa, nada sólido.

Anísio então decide aproveitar sua viagem e investigar ele mesmo, confiante em sua capacidade de resolver um problema, e afim de manter o trabalho que o pai havia realizado. Ele toma a rota mais longa para o reino de Branca, passando propositalmente pelas sete montanhas (e talvez até com intenção de visitar Segundo Branford).

Finalmente, enquanto procura varrer o possível mal, Anísio se depara, para sua surpresa, com Bruja. Mais do que uma bruxa qualquer, a primeira das fadas-caídas derrota o príncipe e o transforma no sapo que Axel mais tarde encontraria. Bruja porém é morta pelo Mestre Anão, que já estava a procurando após sentir sua presença maligna.

——-

Tentei usar bastante os comentários do Draccon sobre as outras tentativas. E até usei uma ou outra como base na verdade. Enfim….tentei =DD

P.S. Também ansioso por ler DdE:Corações-De-Neve 

Gabriel.

Hum… não daria.

Mais uma vez: seria insanidade de um príncipe que precisa ter bom senso para virar Rei, se meter uma viagem a cavalo por um Reino a oeste (Cálice, do Rei Segundo Branford) para chegar a outro que se localiza ao norte de Arzallum (Stallia, do Rei Alonso Coração-de-Neve).

Quando eu conseguir publicar o mapa de Nova Ether vai ficar mais fácil. Aliás, ele já está pronto. O problema é que o artista Vinny Cucinello (o mesmo que fez as ilustrações em estilo japonês do book trailer) está trabalhando na França, e não consegue um scaner para enviar o dito-cujo!

Eu quero ver se dá tempo de acrescentá-lo ao livro.

***

Os sete anões deviam ser guardiões de algo, algo que o rei ou o reino precisava, então ele foi até lá tentar ou negóciar com os anões, e Bruja o transformou em sapo {Bruja ou então até mesmo os anões o_o’.}

Minha hipótese ^-^ 

Carol.

Original essa, hein? Já pensou?

Os Mestres anões quem teriam dado ao príncipe a macabra pele leprosa?

Mas Anísio realmente não havia ido lá para encontrar os Mestres (que realmente são Guardiões de algo). Ele foi encontrado por acaso por eles.

O desafio continua…

Sonhem conosco.

Desafiando Leitores – Round Two

Mais algumas mensagens de meus leitores, topando o desafio de tentar descobrir antes do tempo: “O que diabos o príncipe Anísio Branford estava fazendo nas Sete Montanhas de Arzallum?”.

O leitor Felipe arrisca:

Eu acho que Anísio foi para as sete montanhas pois sentiu a presença de Bruja lá, e então viajou até lá para acabar com ela.

Mas vamos ver qual foi o verdadeiro motivo, né? 

Hum… o goleiro defendeu, mas ele chutou no gol.

***

O leitor Mateus também chuta:

Eu acho que anísio foi as sete montanhas afim de uma negociação com os sete anões para se aliarem ao reino de primo, que ja sentia um mal clima no ar antes de mandar anisio para as montanhas

Hum, bom chute, só que bola foi para fora.

***

E pela leitora Jéssica:

Olá Raphael!

Primeiramente quero dizer que o livro é ótimo, eu gostei muuuito mesmo e não vejo a hora de ler “Dragões de Eter – Corações de Neve”.
Bem, vamos ao assunto.
O que Anísio estava fazendo nas Sete Montanhas?
Após ter lido o livro e o conto “Bonecos de Pano” eu deduzi que o destino de Anísio não era as Sete Montanhas, eu acho que ele estava passando por lá para chegar a Glubbdubdrib, a Terra dos Feiticeiros, que, segundo o conto fica no Ocidente (então talvez possa estar a oeste de Arzallum). Ele queria ir lá pois desejava conversar com alguém que já morreu ou pedir algum favor aos feiticeiros.
Ao passar pelas Sete Montanhas para ir a Glubbdubdrib Anísio sentiu a presença de Bruja e foi procurá-la para matá-la, mas acabou sendo aprisionado. Ou ele já sabia que Bruja estava nas montanhas e foi atrás dela para matá-la e poder pegar sua cabeça para levar aos feiticeiros como pagamento.
Ao ser aprisionado Anísio foi transformado em um sapo de aparência nojenta e repugnante, o que foi uma humilhação para o primeiro príncipe que era muito cuidadoso e sempre se preocupara e se esforçara para ser um Rei perfeito que Arzallum um dia teria.

Bom, eu espero que seja isto.

Bjoss e sucesso,

Jéssica chutou acima do travessão, mas… nossa… eu adorei a versão dela! De todas as mensagens, essa foi a idéia mais criativa que já recebi até agora; parabéns!

Quando as novas camisas sairem, eu separo algumas para o pessoal que chegar mais perto, ok?

Sonhem conosco.

Sobre Roteiros Cinematográficos

 

Ontem escrevi sobre o mercado literário, aproveitando a mensagem de dois leitores.

Hoje aproveito a mensagem do Gilberto Xavier, que participou de meu workshop em São Paulo, ao longo da Mostra Curta Fantástico, para fazer alguns breves comentários sobre o mercado cinematográfico.

Saudações, Raphael!

Sou um dos caras que assistiram à sua palestra na Casa das Rosas, no domingo da semana da III Mostra Curta Fantástico. Foi bem interessante para mim, principalmente depois de eu ter assistido à oficina do Syd Field na Alumni, podendo assim comparar pensamentos! Agora quero me interar mais sobre os eventos que envolvam apresentação ou apreciação de roteiros cinematográficos, assim, gostaria de saber de você quais as principais páginas da Net, através das quais, você se mantém informado? Há outro veículo que recomenda? Costuma participar de listas de discussão de cinema? Quais? Também gostaria de saber quanto você cobra por análise de roteiro. Perdoe-me por fazer tantas perguntas assim no “primeiro” contato, mas agradeceria se pudesse fazer a gentileza de me acender essa luz, quando tiver um tempo!

Obrigado e bom ano!

Como sempre lembrando do filósofo Jack, por partes:

Sobre cultura pop: O Omelete. De vez em quando também, o Herói.

Sobre roteiros cinematográficos: O Roteiro de Cinema, portal do Fernando Marés é muito bom, principalmente para quem está começando.

Fernando inicialmente iria tentar criar uma espécie de “agência de roteiristas tupiniquim”, a Arte & Letra.

Mais para o início da minha carreira, eu quase fui agenciado por ela (nossa, deve fazer quase uns dez anos isso…). Mas acabou que não rolou, e na realidade hoje eu nem sei se ele desistiu da idéia de coordenar uma empresa do tipo, ou se a idéia original ainda existe.

Sobre mercado:  O Propmark é ótimo. Bem completo até.

Nas partes de notícias sobre as produtoras, ele parece até mesmo um “TV Fama empresarial”, dizendo qual empresa está “pegando quem”, e quais “casamentos profissionais” estão sendo desfeitos, refeitos ou iniciados.

A comunidade Roteiro – Cinema e TV, do Orkut.

O seriado da HBO: Entourage.

Costumo pouco; e elas não costumam acrescentar nada não. Mas você pode tentar a Roteiro de Cinema da Yahoo.

As melhores listas, porém, você precisa ter no mínimo um longa-metragem filmado para poder entrar.

Não existe uma tabela, nem preço fixo. Quanto mais tempo e currículo você tem no mercado, mais seu preço sobe.

Além do mais, você não cobra para analisar um roteiro de baixo-orçamento o mesmo valor que cobra para analisar um roteiro de grande orçamento.

E cada roteirista tem sua própria forma de fazer sua análise; pode ser que o preço inclua uma única leitura com comentários por escrito, pode ser que inclua uma leitura inicial e outra após a revisão do tratamento.

Pode ser que na primeira leitura haja uma crítica escrita, e na segunda uma crítica verbal. Pode ser que haja três leituras.

E sempre há o risco do roteirista ler, e falar que o roteiro está perfeito.

Contudo, pela tabela da AR (Associação dos Roteiristas), o serviço sairia por R$5 mil reais.

Mas é como citei,  em cinema não existe padronização.

Espero que tenha ajudado a você, e a outros com as mesmas dúvidas.

Grande abraço.

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