Dragões de Éter – Corações de Neve

Coraçoes de neve - capa

Está consumado. Estão estabelecidos os alicerces para a construção da Era Nova de Arzallum, e de todo o continente do Ocaso.

(Rei Anísio Terra Branford)

Como prometido, liberando a sinopse de “Dragões de Éter – Corações de Neve”.

Na realidade, esta não é a sinopse oficial do livro; mal faço idéia de como será essa, aliás.

O texto abaixo é apenas uma forma sucinta minha, como autor, de comentar o texto.

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Na espinha dorsal da trama, nós acompanhamos um ex-condenado Robert de Locksley (ou “Robin Hood”) de 40 anos, barbudo, e machucado por anos de maus tratos na prisão, libertado após duas décadas preso através da única forma de se anular uma sentença de prisão perpétua: um pedido do novo Rei de Arzallum, Anísio Branford.

A atitude atrai a ira de seu principal inimigo, o auto-proclamado Imperador Ferrabrás, de Minotaurus, que repudia publicamente – em plena posse oficial do novo Rei – os ideais e a influência de Arzallum sobre Nova Ether, coletando Reinos aliados, e rachando o continente em dois.

De volta à sociedade, Locksley vê com os próprios olhos o símbolo pop que se tornou para a atual juventude, representando na figura romântica do herói que roubava dos ricos para dar aos pobres, ainda que tal geração não tenha visto sua luta adolescente contra o sistema político do Condado de Sherwood.

Independente, é um fato que, mesmo após tantos anos preso, seu carisma e importância continuam fortes o suficiente para fazer com que adolescentes eufóricos e apaixonados por sua figura histórica exibam orgulhosos camisas com seu rosto, tatuem seu antigo símbolo em locais do corpo, e façam discursos políticos utilizando suas frases.

Aos poucos, contudo, o antigo herói se questiona sobre o quanto suas aventuras juvenis, por mais populares que tenham se tornado, contribuíram de fato para modificar a situação de seu povo.

Reconhece que os pobres continuam explorados, e os ricos mais fartos, e compreende que, afinal, não basta apenas transferir o poder econômico de um ponto ao outro, pois o pobre não se auto-sustenta, enquanto o rico recompõe a riqueza.

Logo, compreende o quanto é mais importante ensinar um homem a pescar, do que dar-lhe o peixe. Em outras palavras: não funciona divulgar um ideal socialista baseado no caos do sistema; a solução estaria em pegar em armas, e enfim liderar Sherwood de vez para a revolução.

Para dar continuidade à tal crença, Locksley parte em busca de seus antigos companheiros, os inesquecíveis merry men, como a indomável Lady Marion, o sorridente negro de 2,10 metros, John Pequeno, e o curioso Much, o Ferreiro que age e trabalha por crença e fé; hoje também pessoas mais velhas e com ideais diferentes, em que ele precisa reascender antigas chamas revolucionárias.

E tudo corre como o planejado até que ele se depara com John Tuck.

Outrora um frei gordo, cabeludo, beberrão e falastrão, Locksley se depara dessa vez com um frei igualmente maltratado pelos anos de prisão, mas magro, calvo, de poucas palavras e voz mansa.

Um homem hoje conhecido como santo, e que passou pelo mesmo processo de dúvida e reconstrução dos ideais que ele passara, mas que optou por seguir uma linha oposta de pensamento e se tornar um ser pacifista, acreditando que só se muda um ser humano inimigo através de um caminho de não-violência, valorização da vida e amor ao próximo.

Um homem que acredita em liderar a liberdade de Sherwood através de uma sublime resistência pacífica.

Dois líderes. Duas ideologias opostas. Um mesmo inimigo.

No meio do fogo cruzado e da inevitável guerra que se aproxima, um povo em busca de uma identidade revolucionária, tentando decidir que ideal seguir.

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Em outras palavras: nós temos Che Guevara x Gandhi.

E a literatura fantástica servindo ao subtexto de uma narrativa como profunda metáfora espiritual.

Ah, sim:

Ao redor disso…

Rei Anísio Branford coleciona aliados e inimigos na Era Nova de Nova Ether; Ariane Narin desenvolve sua iniciação, descobre um dom delicioso e tenta compreender seu novo relacionamento com João Hanson; Snail Galford e Liriel Gabbiani – o último Sombra e a última Fantasma – renascem as duas antigas sociedades secretas como uma só; os Irmãos Hanson descobrem uma ligação de sua família com antigos laços de magia negra que lhes são cobrados, e João Hanson passa por sua provação máxima de amadurecimento; Caçadores de Bruxas renascem; e a tecnologia de Labuta, a Ilha dos Céus, chega ao Grande Paço através do enigmático Sr. Rumpelstichen, para modificar todo o conhecimento avançado que o Ocidente imaginava possuir.

Sem esquecer, claro, que…

Axel Branford entra no ringue do torneio de pugilismo mais famoso do mundo, diante de todos os Reis ou representantes reais do continente inteiro, com a responsabilidade e a pressão de provar a todas as outras nações que Arzallum ainda é o povo mais forte do mundo, e aquele que irá liderar a Era Nova de Nova Ether.

Embora, ele não faça idéia se é realmente capaz do feito…

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Resumindo é basicamente isso.

E ninguém pode fazer idéia de como, ao tocante final da história, todo esse imenso quebra-cabeça vai se encaixar perfeitamente, e formar uma figura capaz de derreter os corações mais frios…

Detalhe interessante também que é um livro rico para quem leu “Caçadores de Bruxas”, mas que não depende da leitura do primeiro para ser entendido, até por iniciar a Era de um novo Rei, assim como “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas” se passa após o evento histórico da “Caçada de Bruxas”, e tem seu progresso e entendimento próprio.

Aos poucos comento melhor cada detalhe.

E logo libero mais um conto (”Dias Estranhos”) de Nova Ether.

Sonhem conosco.

Sempre.

Comentários

2 respostas to “Dragões de Éter – Corações de Neve”

  1. Laísa on outubro 27th, 2009 2:29 am

    Gostei muito do desenho!

    Eu também escrevo..estou trabalhando no meu primeiro romance fantástico…

    Visite-me nesse site..onde escrevo prosas e poesias carregadas de um lirismo fantásico e surrealista.
    http://www.autores.com.br/Laisa_Pinheiro_Couto

    Meu blog:http://confissoesdesajustadas.blogspot.com/

  2. Living Dead, ou por que diabos amamos tanto zumbis? | Cavernas & Dragões, george romero, zumbis, on janeiro 31st, 2011 2:32 pm

    [...] André Vianco, achei justo igualmente sortear esse mês um exemplar autografado dessa vez de “Dragões de Éter – Corações de Neve” dentre meus seguidores no [...]

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