“Fotos de Cláudia Leitte”
Desde Janeiro de 2009, eu havia começado a notar algo que me surpreendera.
Sem eu entender bem o porquê, a partir daquele mês as visitas a esse blog haviam praticamente dobrado; poderia dizer até mesmo triplicado, sem uma explicação lógica aparente.
E então, utilizando meu sistema aqui, enfim descobri o motivo. Tratava-se do curioso string de busca em sites de pesquisa: “fotos de Cláudia Leitte“.
Logo, de uma hora para outra, o blog começou a receber o triplo de visitas por causa do texto que havia escrito naquela época: Raphael Draccon & Cláudia Leitte, onde narrei como foi meu processo de criação do roteiro do videoclipe “Bola de Sabão”.
E desde aquele mês então, em TODOS os meses seguintes, “fotos de cláudia leitte” – por incrível que pareça – se mantém como campeão de strings, trazendo visitantes diversos até aqui.
Logo, diante de um cenários desses, o que eu posso fazer? Apenas me render…
Ok, então… vão aqui mais algumas fotos exclusivas de Cláudia Leitte, tiradas com meu celular durante a filmagem…
Se eu encontrar por aqui mais fotos digitais do videoclipe (estão em algum cd de dados aqui, dentre dezenas) com a musa do axé, eu posto.
Afinal, cada fã com a sua mania e seu string de busca, não?
Sonhem conosco.
Susan Boyle…
Você já ouviu falar de Susan Boyle?
Bom, até hoje, eu e o mundo inteiro estávamos juntos com você nessa.
Entretanto, Susan, uma desempregada de 47 anos, moradora de um vilarejo, hoje já possui um vídeo com mais de 100 milhões (!) de visualizações ao longo de sites de exibições da web.
E como ela conseguiu isso? Fácil; sendo a maior surpresa que o “American Idol” inglês já produziu na história do programa.
O vídeo abaixo arrepia, e por diversos motivos.
Arrepia porque vemos uma mulher mal vestida e com nenhuma aparência de modelo, colocar a cara à tapa diante do mundo e de uma platéia luxuosa que debocha dela à princípio.
Arrepia porque vemos uma pessoa acreditar ser capaz de realizar um sonho, sem se importar com idade ou condições (”tudo que eu quero é uma chance”, ela chega a dizer).
Arrepia porque vemos uma pessoa não apenas interpretar, mas viver uma música (repare como a letra de “I dreamed a dream” é como se fosse um desabafo da própria Susan em relação à sua própria vida).
E arrepia porque Susan tem uma voz capaz de fazer anjos ligados à música pararem de tocar harpas, apenas para lhe perguntar se ela pode lhes ensinar alguma coisa.
Não acredita?
Arrepie-se. Inspire-se.
E, feito uma platéia que teve muito a aprender naquela noite, aplauda de pé…
O Rei, a Rainha e o Pequeno Príncipe
“O Rei, a Rainha e o Pequeno Príncipe” foi uma roteiro de um curta bem curto mesmo, que escrevi como exercício para ser filmado em uma única locação e com três atores.
Ele foi baseado em três histórias reais, que adaptei e juntei em uma só. O roteiro não chegou a ser filmado, e rendeu um bom texto como conto, com as devidas adaptações.
Para quem tiver curiosidade, o texto está abaixo.
Enjoy.
***
Era uma vez uma casa de uma família real. Naquele momento, o casal de reis discutia:
— Claro que é, Renato! Deixa de ser cabeçudo! Por que você não dá o braço a torcer?
— Não, não adianta você argumentar! Nada na vida é 100%!
— Tudo na vida é 100%, Renato!
— NADA na vida é 100%, que-ri-da!
— Ai, como você é irritante!
Eles riram. Foi quando ele, o rei, escutou uma voz tão plácida, que muitos santos iniciariam jornadas espirituais para que suas almas alcançassem apenas a metade daquela pureza.
— Perdoai nossas ofensas, assim como nós perdoamos os ofendidos…
O rei observou de longe o pequeno príncipe. Não havia mais de seis anos que as fadas haviam levado aquele garoto até aquela casa. [mas...].
Mas ele já o amava há muito mais tempo que isso.
— E não nos deixei cair em tentação, mas nos livramos do mal, amém!
O rei já ia se afastando do quarto do filho. [mas...]. Mas a pequena alteza percebeu.
— Pai!
— Que foi, filho?
— Senta aí, pai! Eu tô com algumas dúvidas!
E diante daquele jeito decidido, o rei perguntou às mesmas fadas quanto tempo uma criança hoje precisava para alcançar a chamada maturidade.
— Pois não?
— Ô pai, será que Deus escuta quando eu rezo?
— Hein?
— É, pai! Porque eu tô achando que Ele não me escuta! Será que eu tô rezando baixo demais?
— (…) Não, filho! Claro que não. Deus escuta todo mundo.
— Mas Ele não mora na igreja?
— Não. Quem te disse isso?
— O padre, ora bolas! Lá não é a Casa de Deus? Então Ele deve morar lá.
— Bom… faz sentido. Mas e daí?
— E daí que… será que Ele me escuta se eu rezar aqui, fora da igreja?
— Charles, a Casa de Deus é em todo lugar! Ele mora no Céu!
— Pô, pai! Mas então por que que dizem que a igreja é a casa Dele?
— Ora, porque… porque… por que que você não pergunta pro padre?
— Porque você não quis pagar o catecismo, esqueceu?
— Ah, é?… Ah é, né? Bom…
O rei se levantou para deixar o aposento. [mas...]. Mas não iria escapar tão facilmente assim.
— Ô pai! Onde você vai? Eu não acabei não! Eu tenho mais dúvidas!
O rei sentou-se como se fosse um súdito, com uma expressão cômica digna de um bufão. Do lado de fora, a rainha se divertia com o que escutava.
— Sou todo ouvidos!
— Vem cá! E se o nosso vizinho rezar ao mesmo tempo que eu?
— Que que tem?
— Como é que Deus vai escutar os dois ao mesmo tempo, pai?
— Como? Ora essa! Deus é Deus, rapaz! Ele consegue!
— Pô, mas e se eu rezar aqui agora, e um outro menino rezar ao mesmo tempo em… TAIWAN?
— Hein? Você conhece Taiwan?
— Eu vi na Discovery!
— Ah… — e definitivamente existem comentários que podem deixar um rei boquiaberto.
— Mas, pai, você tá me enrolando!
— Eu?
— É, você ainda não me disse como Ele faz pra escutar aqui e em Taiwan ao mesmo tempo!
— Charles, Deus criou o mundo não criou? Então Ele tem poder pra estar em todo lugar!
— Não, senhor, pai! Até pra criar o mundo Ele levou sete dias! Como é que Ele pode então estar no mundo inteiro ao mesmo tempo?
— É… — ele se perguntava aonde estavam os benditos sábios do palácio. — É complexo conversar contigo, né, guri?
— E tem MAIS!
— Ah, não duvido…
— Se eu rezar em português, um chinês rezar em chinês, e um taiunandês rezar em taiunandês, como é que ele vai entender tudo ao mesmo tempo, pai?
— Como é que ele vai entender, né?… É… Bom… O Homem é poliglota! Ele fala todos os idiomas.
— Ah, e quando eu falo com Ele, Ele também fala comigo?
— Claro!
— Então aí é que tá! Se Ele fala comigo, por que que eu não escuto? E se Ele me escuta aqui… e escuta outro menino em Taiwan… e, como você mesmo disse, Ele mora no Céu, então… caraca! Ele é um GIGANTE! E se ele é um gigante, COMO eu não vejo ele, pai?
—…
— E aí, pai?
—…
— PAI??
— Quer saber? Mudei de idéia! Eu vou pagar TODAS as mensalidades do curso de catecismo! Amanhã mesmo!
— Sério, pai?
— Sim. Mas pra isso você tem de dormir pra estar sem sono amanhã, não é?
— Hum… certo! Tá bom. Dessa vez passa. Boa noite então, pai!
O rei deitou o pequeno príncipe na cama real. Observou-o como se fosse aquele pequeno mais precioso do que todo o ouro de seu país.
E ele era.
— Boa noite. Dorme com Deus…
O rei agradeceu, no silêncio do que não precisa ser dito, a cada fada, ao deixar aquele quarto, quando do lado de fora uma rainha o esperava.
— E aí, cabeçudo? Vai, me fala: quantos por cento você ama seu filho?
O rei abaixou a cabeça. De vez em quando, até mesmo ele tinha de curvar a própria coroa.
— Muito; muito mais do que 100%…
p.s. do vendedor de sonhos: eles não viveram felizes para sempre. Mas mesmo nos momentos mais duros, e diante das situações mais difíceis, eles se mantiveram juntos e superaram a tudo como se vivessem.
Unfortunately, it´s not a Joke(r)…
E ele conseguiu.
Assistir ao vídeo abaixo, da entrega do Oscar de “Melhor Ator Coadjuvante” de 2009, me arrepia.
Existe uma certa melancolia em ver partir tão cedo jovens extraordinariamente talentosos.
É difícil ver partir um Kurt Cobain; um Bruce Lee; um Heath Ledger.
É difícil pensar que Ledger era apenas dois anos mais velho do que eu (ele era nascido em 04 de abril de 1979).
É difícil também dizer o que nos parece uma violência maior; sermos privados sem aviso de seus carismas meteóricos, ou de seus talentos indiscutíveis.
Em um mundo de sonhos e inspirações tão vazios, é quase divino vermos pessoas serem capazes de acreditar em si a tal ponto de suas qualidades reverberarem por todo planeta, mesmo após deixarem seus inspirados à própria sorte.
Divino a ponto de, de vez em quando, termos de nos lembrar novamente do quanto somos mortais.
Do quanto deixamos anjos enciumados por nosso direito ao livre-arbítrio.
E do preço que pagamos por isso.
Obrigado por sonhar conosco, Heath.
Nesse domingo do dia 22, a sua estrela também brilhou por toda Nova Ether muito; muito mais forte do que todas as outras…
Resende Evil
Alguns minutos depois do time do Flamengo ter sido eliminado, em pleno Maracanã, da semi-final da Taça Guanabara do Campeonato Carioca pelo pequenino time do Resende, os criativos gozadores de plantão já colocaram online essa abaixo.
O que eu posso dizer?
Genial…
Território V
Chegou a Temporada de Caça aos Vampiros!
Candidatos a escritores, amantes de Crepúsculo, A Rainha dos Condenados, Bram Stoker ou True Blood, está na hora de dedilharem sobre o teclado.
Vocês terão a chance única, em uma mesma tacada, de:
1) Testarem suas capacidades literárias;
2) Terem sua primeira publicação;
3) Estarem ao lado de nomes como Kizzy Ysatis, Giulia Moon, Luís Eduardo Matta, Octávio Cariello (que assina a capa), e…bem… Raphael Draccon!
E o melhor: os autores selecionados não pagam nada, nem precisam vender cotas de livros depois.
(ok, pausa para o candidato a escritor ler o parágrafo anterior de novo).
Bom, como todos devem saber (não?), ano passado fui convidado de honra da antologia Anno Domini, da Andross Editora.
Esse ano sou convidado da “Território V”, da Terracota Editora.
Para você fazer parte desse livro, basta conhecer as regras e testar suas habilidades literárias.
Sobre o tema; nesse livro literalmente o bicho pega!
Você pode criar uma história da maneira e com o estilo que quiser, desde que tenha um vampiro em guerra. Essa guerra pode ser contra ele mesmo; contra outro; contra um clã; de maneira física; psicológica; amorosa; do jeito que quiser.
Mas vampiros têm de estar em guerra.
Outra coisa: o organizador é Kizzy Ysatis.
Para quem não o conhece (tsc… tsc… tsc…) , Kizzy é uma das maiores revelações da literatura brasileira atual, recebendo o Prêmio Raquel de Queiroz, na Academia Brasileira de Letras, pelo seu romance de estréia, O Clube dos Imortais.
Um romance que o levou ao Jô Soares, e fez o gordinho rasgar elogios a ele ali diante das câmeras.
O texto de Kizzy Ysatis respira poesia; aliás, pensando bem, Kizzy com certeza deve ser uma reencarnação de algum desses poetas da segunda fase do romantismo brasileiro.
E mais; ele está sendo impiedoso na seleção! Para se ter uma idéia, há pouco tempo, de uns 50 contos lidos, ele aprovou uns 3!
Para o iniciante, isso dá medo? Claro! É um livro de vampiros, afinal de contas! Tem de dar medo em alguém.
Mas esse mesmo iniciante tem de ter a clareza de perceber que, se ele for aprovado, então estará provando para si próprio que ele tem talento para tentar essa difícil estrada.
E a sensação de receber uma mensagem como essa abaixo de alguém tão talentoso e verdadeiro é única.
***
Compartilhando Raphel Draccon
Amigos
Acabei de ler o conto do Raphael Draccon…
…o conto do Draccon é uma obra-prima…
… me comoveu muito.
estou chorando até agora….
O homem é um gênio.
……..
A espera valerá a pena.
Se um conto desses já vale o livro, então esse livro valerá por vinte!
Dos convidados especiais, já estou com três ótimos contos. O do Raphael Draccon, do Juliano Sasseron e do Luis Eduardo Matta.
Dos contos que serão selecionados, bom, é preocupante. Li calmamente uns 50 contos e nenhum foi selecionado, salvo 3 que estão em reforma pelos autores, cuja identidade manterei em reserva.
Bom, só queria compartilhar com vocês as boas novas.
Abraços cordiais
O conto “Boas Vidas” talvez seja o mais bonito que já escrevi.
Ou rivalize com o “Quebra-Cabeças”, conto que me rendeu 2 mil reais em um concurso uma vez, e acho que vou disponibilizar para download ainda por aqui.
De qualquer forma, “Boas Vidas” é um conto sem uma única linha de descrição, somente com o diálogo entre um vampiro e uma mortal esperando o nascer do sol.
E saber que ele conseguiu tocar tão fundo um escritor tão culto e poderoso quanto Kizzy Ysatis é quase como ter sido pago para tê-lo escrito.
O prazo final para envio dos contos para a antologia é o dia 1° de março. Logo, quem ainda não escreveu nada, separe um dia de carnaval!
Afinal, seria um dia de folia em troca de uma publicação para a vida toda, em um livro onde só os 20 melhores estarão.
É para parar para pensar. Afinal, a decisão da sua vida – e da sua carreira- estará sempre em suas mãos.
E, bom, você tem até o sol nascer para se decidir…
And The Oscar Goes To….
Assisti a dois dos filmes indicados ao Oscar de “Melhor Filme” em 2009.
O primeiro, “O Curioso Caso de Benjamin Button“, está nos cinemas brasileiros e assisti por mim mesmo; o segundo, “Quem Quer Ser Um Milionário?”, assisti a convite e só estréia oficialmente por aqui no dia 06 de março.
O primeiro é dirigido por David Fincher, cineasta que fez meu filme preferido: “Se7en”. O segundo por Danny Boyle, que não sei por que não é um dos meus diretores preferidos, aliás, talvez seja.
Sobre ambos:
“O Curioso Caso de Benjamin Button” impressiona. Prêmios técnicos como figurino e maquiagem já são dele, sem chances aos concorrentes.
Fincher sempre teve uma direção segura, e sempre tentou inovar nessa direção; o que em alguns casos funcionou, e em outros não.
Em “Se7en”, a própria estrutura de narrativa (que seria copiada exaustivamente nos anos seguinte) já era inovadora, e a direção não precisava chamar a atenção. Fez um clássico.
Em “O Clube da Luta” ele resolveu usar a computação gráfica como movimento de plano. Como a narrativa também era boa, juntou técnica+enredo e o filme funcionou (pelo menos para quem entendeu).
Em “O Quarto do Pânico” ele resolveu ensinar aos seus colegas cineastas como usar uma steady-cam. O resultado técnico é ótimo, mas com o enredo fraco, a técnica chamou mais atenção do que a narrativa e por isso o filme não funcionou.
Em “Zodíaco”, a narrativa veio para revolucionar de novo. Era uma busca por serial killer em estilo “filme noir”, que quase não saía para a ação externa, e tinha a construção dominada quase inteiramente por cenas de tensões e mistérios em escritórios fechados e tensos.
O filme “quase” funcionou.
O grande problema foi o desnecessário tamanho, que deixou cenas arrastadas demais e o público cansado, ao invés de excitado, no fim.
E, bom, em “Benjamin Button” ele repete a mesma coisa.
Tecnicamente, o filme é perfeito. Alterna cenas de computação gráfica – como gosta, com cenas de construção poética.
Como narrativa, é desnecessariamente longo e arrastado.
Existem cenas que se fossem cortadas não fariam a menor diferença para a história. Seja Benjamin Button lutando a Segunda Guerra, seja a participação que em nada acrescenta de Cate Blachett, todo novo arco construído vai muito além do tempo que necessitaria para ser desenvolvido.
A narrativa também gasta muito tempo com um Benjamin velho; e logo, quando o personagem rejuvenesce, a sensação é de que tudo fica muito corrido para – com trocadilhos – o filme correr atrás do tempo.
É um filme de David Fincher; logo merece ser assistido. Mas é o tipo de filme bom de se assistir uma vez, e no cinema.
Já “Slumdog Millionaire” é um show à parte.
Danny Boyle é, ao lado de Tim Burton, o diretor com a melhor fotografia própria do cinema americano. Nós conseguimos identificar um filme de qualquer um dos dois olhando apenas a iluminação de um fotograma.
A luz dos filmes de Burton é tão sombria quantos seus roteiros. As de Boyle são granuladas, com cores cheias de contrastes, e um deleite para quem vê.
Não consegui encontrar um só problema em “Slumdog Millionaire”.
O roteiro adaptado é perfeito. A estrutura é tão bem construída, que na primeira cena ela já grudou o espectador na cadeira. E quando o clímax vai se aproximando, inteligentemente trocando a estrutura de “ironia dramática” (onde por ser um interrogatório, já sabemos como terminará) por uma narrativa “no presente” (onde tudo pode acontecer), é papo de deixar grudado na cadeira, porque realmente tudo mesmo pode acontecer, e nós já estamos rendidos pelo personagem principal, Jamil, como se ele fosse um parente próximo.
Os atores – sejam na fase infantil, adolescente ou adulta, sejam principais ou coadjuvantes – parecem querer ensinar aos responsáveis por “Caminhos das Índias” sobre como fazer seu trabalho.
A direção é extremamente criativa. Boyle faz referências ao cinema indiano, mete uma trilha musical de energia pop, entra por becos de favelas e trens em movimentos, e nos apresenta uma Índia inteiramente oposta ao glamour de uma novela das oito; assistimos a basicamente um road movie às avessas, observando o mundo indiano através de sua parte mais suja.
E talvez exatamente por isso; por vermos o mundo daquela forma, demos mais valor à vida de Jamil e sua busca árdua e perseverante por uma história de amor (o grande tema do filme).
Ao final poético, a vontade é de aplaudir de pé.
Afinal, é um fato: um fósforo aceso na escuridão total brilhará sempre muito mais do que em uma sala iluminada.
ps: ainda não assisti ao “O Leitor”, mas o filme vai ter rebolar muito para tirar o careca dourado desse bonequinho em pé aplaudindo.
Salvando da Tormenta
A leitora Lívia questiona abaixo alguns tópicos sobre o mundo de Tormenta, cenário de RPG nacional mais conhecido do país.
O intuito é compreender melhor o conto “Lembranças de Tormenta”; talvez o primeiro fanfic da história desse cenário, que escrevi séculos atrás e disponibilizei aqui no blog para download.
***
Oi, Rafael!
Boa noite!!
Adorei o conto!! Mesmo não sabendo a história toda, é possível entender a msg que vc passa através do conto!!
Agora, vamos as perguntas de uma total alienada p/RPG!!!Rsrs
Arkam e Dredd eram guerreiros de um Rei, só q c/idades bem diferentes, certo? No caso, Dredd quem treinou Arkam p/q ele fizesse parte de um protetorado, certo??
Por aí.
Dredd é o mentor experiente, cansado do muito o que viu; Arkam é o aprendiz dedicado que assume o cargo no momento devido.
Bem, quem ou o q esse protetorado protegia?
O Protetorado do Reinado se localiza no Palácio Imperial em Valkaria, capital do reino de Deheon, e segue as ordens do Imperador-Rei Thormy.
Comparando com Nova Ether, Valkaria teria a importância de Andreanne, capital de Arzallum, e o Imperador-Rei Thormy teria a importância de Primo Branford, o Rei dos Reis.
Eles não têm exatamente uma fronteira; são enviados para as missões mais difíceis e suicidas do mundo.
Praticamente um BOPE internacional.
A “tormenta” seria um local cheio de demônios, predadores?
É a ameaça que dá nome ao cenário.
Uma tempestade rubra que tomou de assalto determinadas áreas, com demônios macabros que podem deixar uma pessoa louca somente por olhar para eles (sim; para os iniciados, “lembra” a obra daquele outro escritor sim…).
Ela destruiu Tamu-ra, a ilha do “reino oriental” do cenário, e avançou por outros pontos de Arton.
Seria exatamente o que acontece no filme de Frank Darabont, “O Nevoeiro”, baseado na história do Stephen King, só que em proporções muito maiores, e em vermelho.
No cenário, os maiores do mundo – sejam aventureiros, cientistas, estudiosos, ou o que forem – dedicam o resto de suas vidas a entender o que é o fenômeno, e como acabar com ele.
Os pontos em vermelho do mapa são as áreas afetadas.
E, pelo q acho ter entendido, tais demônios estavam saindo da “tormenta” e agindo em “lugares abertos”, é isso??
Sim. Eu não acompanho mais a evolução do cenário e não sei que caminhos os autores seguiram. Logo, não sei dizer se hoje isso seria uma situação mais comum.
Entretanto, na época em que o conto foi escrito, demônios saindo de Áreas de Tormenta era uma impressionante aberração.
Thormy é o nome rei?
Sim. Imperador-Rei Thormy.
Continente Artoriano é o Reino?
Sim. O continente de Arton.
Se quiser conhecer melhor o mapa, só clicar aqui.
Gorendill é uma das cidades do Reino?
Sim; conhecida como “a cidade dos leitores”.
Na época, os leitores escreviam suas idéias em forma de artigos, os autores selecionavam os melhores, publicavam e tornavam oficiais no cenário.
Guss Nossin é alguém q fazia parte do conselho de Gorendill?
Ele é o prefeito da cidade.
Marketeiro dos bons, se não me engano ele dissolveu o Conselho da cidade, e passou a governar sozinho.
Como era mesmo o Sílvio Santos do lugar, ninguém reclamou.
O q ou quem é Shinobis e tamuraniano?
“Shinobi” é um termo real para “ninja”.
Em “Tormenta”, um demônio shinobi era uma espécie de macabro “demônio-espião”, sorrateiro e capaz de sair das Áreas de Tormenta para coletar informações; de uma forma bem semelhante realmente à função do ninja real.
Clique abaixo se quiser conhecer a perturbadora forma da criatura.
“Tamuraniano” é quem vivia em Tamu-ra; uma ilha destruída pela Tormenta, onde se localizava o “reino oriental” de Arton, baseado no Japão e na China medievais.
Murdock… Já ouvi esse nome… Não lembro se foi em algum filme ou desenho animado… Me ajude a lembrar?!?!
Matt Murdock.
O herói Demolidor, vivido (?) no cinema por Ben Afleck.
Qnts perguntas, né!!Rsrs Desculpe tamanha “burrice” p/RPG!!Rs
Uma ótima semana p/vc!!
Mil bjs;
Livia
O prazer é nosso. São todos aqui sempre muito bem-vindos.
Essa semana, aliás, quero colocar aqui ainda para download o conto “Recrudescência”, que complementa o “Lembranças de Tormenta”.
Sempre em frente.
Sonhem conosco.
Tiffany Jo Allen & A Reinvenção da Indústria
A pirataria destrói segmentos da indústria, causa demissões e fecha estabelecimentos.
Analisá-la é como analisar a guerra em si. É difícil achar argumentos positivos, mas talvez o único deles seja a de que ambas obrigam o ser humano – e a indústria – a se reinventarem.
Foi assim – e ainda é – com a indústria da música e de dvds. Já é com a indústria de cinema e games.
E assim será com a literatura.
De qualquer forma, dentre essas reinvenções, nasceram pérolas como o mp3, o My Space e o YouTube.
E dentre essas evoluções, a que acho mais fascinante é ver um artista hoje não precisar depender de nenhuma grande empresa para gravar um cd de qualidade, e se mostrar ao grande público.
Logo, de vez em quando gosto de conhecer alguns artistas ainda off-mídia, mas com tanto talento que não podem ser ignorados. E não são.
E uma dessas artistas que passei a gostar de escutar é Tiffany Jo Allen.
A menina tem uma voz com tendência ao country, criou a primeira música aos 06 anos, venceu concursos de covers nos EUA, e aos 15 anos já tem currículo de veterana, uma preocupação social admirável, e uma voz absolutamente encantadora.
Como não tenho nenhum cd de Tiffany, de vez em quando enquanto escrevo (pois não sei como alguém escreve alguma coisa que preste sem estar escutando algo), escolho algumas músicas dela no YouTube, monto em sequência e disparo a reprodução automática.
Abaixo, segue a versão dela de “No One”, da Alicia Keys, assistida por mais de um milhão e dezentas mil pessoas.
Fica a dica.
Sonhem conosco.
Aquaman (Episódio-Piloto)
Quem acompanha Smalville deve se lembrar bem do episódio que gira em torno de Arthur Curry, o Aquaman.
Na série, ele é interpretado por Alan Richton, e sua participação foi muito bem recebida pelos fãs da série, que gostaram do jovem Aquaman sarado disputando com Clark Kent a atenção de Lois Lane.
Diante do feito, os mesmo criadores de Smalville, Al Gough e Milles Millar, resolveram criar o projeto de um spin-off (uma série derivada de outra) do personagem meio-atlantis.
Dessa forma, eles mesmo escreveram o roteiro, e foi filmado um episódio-piloto.
Nesse episódio Arthur Curry já era interpretado por outro ator, Justin Hartley, e a idéia seguiria os mesmos padrões de Smalville, mostrando um jovem Aquaman descobrindo seus poderes e seu papel no mundo.
O piloto, porém, não encheu os olhos da Warner a ponto da série receber o sinal verde. Infelizmente.
O roteiro é bem feito, e como compensação pelo esforço, os criadores deram a Justin o papel de Oliver Queen, o Arqueiro Verde, no próprio Smalville.
Mas o mais bacana, entretanto, é que o tal episódio-piloto inteiro de Aquaman hoje em dia está disponível no youtube.
E, acredite, vale a pena qualquer fã da DC Comics, Liga da Justiça, Smallville ou do próprio Aquaman dar uma olhada.
Depois do divertidíssimo sarro que tiraram com o personagem no seriado Entourage, bem que ele merecia um tratamento mais sério do tipo.