“Dragões de Éter” e um novo recorde

Meus queridos, preciso agradecer a vocês por mais um recorde alcançado. Nesse mês de janeiro, o box de “Dragões de Éter’ com as novas capas atingiu a impressionante marca de SEIS MESES como o livro nacional mais vendido do Submarino. Em um mercado editorial que chega a lançar 50 mil títulos por ano, isso é muito considerável.

Nunca escondi o carinho que tenho por essa empresa, já que graças à ela passei a viver de literatura e atingir números que seriam considerados surreais uma década atrás. Lançado em 2010, o box anterior de “Dragões de Éter” já havia permanecido por um ano como o item mais desejado do site (categoria que hoje não existe mais) e chegou a atingir o primeiro lugar geral do portal.

Hoje, sete anos depois do primeiro livro lançado, ver essa história ainda despertando interesse e trazendo um retorno tão positivo de vocês dentre mensagens e encontros em eventos me emociona e me faz ver magia no cotidiano.

Vocês me fazem melhor e me fazem querer sempre ser melhor. Obrigado por todo carinho. Por toda confiança.

E por serem parte da melhor parte da minha vida.

1º lugar janeiro 2014

Novela mostra personagens lendo e incentiva o hábito

Segundo o novelista, a inclusão de livros no roteiro da novela pretende incentivar o hábito da leitura no telespectador.

“Um deles é mostrar autores jovens da literatura brasileira”, diz. “E também avaliar que tipo de livro determinado personagem leria. Vega (Christiane Tricerri) estuda literatura, então, busca obras teóricas. Já Natasha gosta de literatura fantástica, então, lê autores como Raphael Draccon”, complementa.
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Só posso agradecer mais uma vez à Walcyr Carrasco pela generosidade e confiança, e parabenizar pelo trabalho em prol da divulgação da nossa literatura nacional.

Segundo o novelista, a inclusão de livros no roteiro da novela pretende incentivar o hábito da leitura no telespectador.

“Um deles é mostrar autores jovens da literatura brasileira”, diz. “E também avaliar que tipo de livro determinado personagem leria. Vega (Christiane Tricerri) estuda literatura, então, busca obras teóricas. Já Natasha gosta de literatura fantástica, então, lê autores como Raphael Draccon”, complementa.

Só posso agradecer mais uma vez à Walcyr Carrasco pela generosidade e confiança, e parabenizar pelo trabalho em prol da divulgação da nossa literatura nacional.

Enjoy.

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Novela mostra personagens lendo e incentiva o hábito

“Amor à Vida”, da Globo, presta um importante serviço ao estimular a leitura nos telespectadores

C-DSJL

Seguidores. Ao verem personagens lendo, público se sente estimulado a criar o hábito da leitura
PUBLICADO EM 11/01/14

São Paulo.

O gosto pelos livros é algo comum entre os personagens de “Amor à Vida” (Globo). Atílio (Luis Melo), Silvia (Carol Castro), Michel (Caio Castro), Thales (Ricardo Tozzi) e Natasha (Sophia Abrahão), dentre outros, são leitores assíduos que sempre aparecem com um título novo em mãos. “Quero mostrar que a leitura é algo que pode fazer parte da vida das pessoas, que faz pensar e que também é um entretenimento”, diz o autor da trama, Walcyr Carrasco.

Segundo o novelista, a inclusão de livros no roteiro da novela pretende incentivar o hábito da leitura no telespectador. “Eu era um garoto do interior, sem muita informação, quando comecei a ler Monteiro Lobato. Foi o amor pelos livros que me tornou escritor. Acredito que eles mudam vidas e quero contribuir para isso”.

Algumas obras servem como instrumento de interação na novela. Uma das leitoras vorazes da trama, Bernarda (Nathália Timberg), chegou a presentear a filha, Pilar (Susana Vieira), com um exemplar de “O Que Realmente Importa?”, de Anderson Cavalcante (Sextante). Com a divulgação, segundo a editora, as vendas do livro cresceram e já chegaram à marca de 900 mil exemplares. “Fiquei surpreso quando vi o livro na TV. Meu celular não parava de tocar. A proposta da novela é inovadora por inserir as obras no contexto do personagem”, avalia Cavalcante.

Além de ter lido todas as obras citadas, Carrasco usa outros critérios para indicá-las na novela. “Um deles é mostrar autores jovens da literatura brasileira”, diz. “E também avaliar que tipo de livro determinado personagem leria. Vega (Christiane Tricerri) estuda literatura, então, busca obras teóricas. Já Natasha gosta de literatura fantástica, então, lê autores como Raphael Draccon”, complementa.

Outro personagem que apareceu com diversos livros é Guto (Márcio Garcia). Entre os títulos lidos pelo malandro está “1889”, de Laurentino Gomes. “Meu livro apareceu em três capítulos diferentes, e a repercussão foi enorme. Espero que outros autores de novela tenham iniciativas semelhantes”, diz Gomes. “O Brasil é um país em que se lê muito pouco e toda ajuda para mudar esse cenário é bem-vinda”, complementa.

Segundo Carrasco, alguns escritores elogiaram a iniciativa. “Paulo Coelho publicou no Twitter que a novela foi mais abrangente do que a feira de Frankfurt, e Ana Maria Machado elogiou o fato de mostrarmos o livro no cotidiano das pessoas”.

Fios de Prata – Capa Alternativa de Kentaro Kanamoto

Mais um trabalho impressionante de Kentaro Kanamoto para uma capa alternativa de “Fios de Prata – Reconstruindo Sandman…” e que só descobri a existência dessa imagem essa semana!

Enjoy!

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“Dragões de Éter” no FaceBook

capa

Queridos, aproveitando o “Dia do Leitor”, aviso a todos que apreciam a série “Dragões de Éter” que existe um grupo aberto no FaceBook, onde os leitores debatem a obra de maneira muito completa. Sempre que vejo mensagens de leitores lamentando que gostariam de debater sobre o universo ou os livros com outras pessoas, recomendo a comunidade.

Além disso, de vez em quando são promovidos “Etherencontros” entre leitores de determinadas cidades, ou de várias nas Bienais. Vídeos e fotos de eventos, ideias bem-humoradas, fanfics, tem de tudo lá.

Para aqueles que quiserem participar, só se unir ao grupo no endereço: https://www.facebook.com/groups/196965330366474/?ref=ts&fref=ts

Já para aqueles que quiserem debater ou acompanhar postagens em espanhol, uma leitora mexicana criou uma página para “Dragones de Éter” no endereço: https://www.facebook.com/DragonesDeEterRaphaelDracon?ref=stream

Sonhem conosco.

A Recriação dos Contos de Fadas em Dragões de Éter

Post bem detalhado e bem-humorado de Sérgio Magalhães para o Azilator.

Link original: http://azilator.com.br/baiao-de-letras/a-recriacao-dos-contos-de-fadas-em-dragoes-de-eter/

Enjoy.

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A Recriação dos Contos de Fadas em Dragões de Éter

Antes de falar sobre o assunto de hoje, não posso começar esse primeiro Baião de Letras do ano sem dizer feliz 2014 amigos leitores!

Pois é, atravessamos nosso primeiro ano aqui no Azilator sem nenhuma falha, mantendo as publicações toda segunda feira religiosamente. Não vou me estender mais sobre o Baião em si, até porque tudo o que poderia dizer, já o foi no último post. Só gostaria de dizer que, se depender de meu esforço e vontade, vamos passar mais um ano falando muito sobre leitura e literatura por aqui. Mas essa coluna não é algo único; precisamos de seu apoio sempre, comentando, indicando e compartilhando as publicações com os amigos, certo? Vocês são o combustível desse trabalho!

Sem mais, vamos ao tema de hoje…

Vamos falar de Tekpix

Dragões de Éter (LeYa), trilogia que teve seu primeiro livro publicado sem muito alarde em 2007, é hoje um dos bastiões de nossa, cada vez mais forte, literatura de fantasia nacional. Seu autor, Raphael Draccon, é tido como um dos mais prolíficos escritores dessa nova geração, isso é inquestionável. Porém, devo confessar que até ler Caçadores de Bruxas, primeiro volume dessa trilogia, eu desconhecia totalmente qualquer coisa sobre o livro. Certo, eu sabia que ele foi escrito com base em contos de fadas mas, fora isso, a obra sempre foi um profundo mistério para mim. Como leitor, sofro do eterno problema que muitos de vocês, certamente, conhecem muito bem: ter mais livros na estante do que se consegue ler! Principalmente no atual mercado editorial brasileiro, é quase impossível acompanhar sequer os lançamentos, imagina voltar para ler livros já publicados.

Com relação à obra de Draccon, isso mudou para mim quando aproveitei uma oportuna promoção de um site de vendas on-line, muito motivado pelas novas capas ilustradas pelo mestre Mark Simonetti (o mesmo que ilustrou as capas nacionais d’As Crõnicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin). Sempre tive – e ainda tenho -, uma dívida pessoal com alguns autores bastante conhecidos, mas que não tive a oportunidade de ler; como já disse algumas vezes, sou um leitor tardio de obras de caráter nerd/geek. Ora, tão logo o box com a trilogia chegou, não resisti a tentação de passar ele na frente de outros livros da fila, e tive que desvendar as páginas, para mim, desconhecidas e deveras misteriosas até então. E como me alegro por ter feito isso!

Zezé di Camargo e Draccon – Separados no Nascimento

Dizem que se um livro não lhe ganha logo nas primeiras páginas ele não será bom para você! Então o que dizer de um que lhe ganha na primeira página? Ou melhor, no primeiro parágrafo? Na primeira linha?! Pois foi isso que aconteceu quando abri Dragões de Éter – Vol.1 Caçadores de Bruxas. Fui surpreendido logo de cara por vários aspectos que, juntos, compõe um dos livros mais significativos que tive a oportunidade de ler – dentro de seu gênero, óbvio.

O que sabia sobre o livro se provou verdade logo de inicio, o enredo é construído basicamente sobre contos de fadas mundialmente conhecidos. Porém, seu objetivo com isso não é narrar sobre uma nova ótica essas estórias, mas ir além do “E foram felizes para sempre…”, continuar o enredo exatamente do ponto em que pararam, sem, com isso, negligenciar o conto original, contado de forma precisa logo no começo do livro. Vários contos são citados ao longo da narrativa com referências que, ao mesmo tempo remetem ao original, e reveste-o com uma nova e interessante visão.

Dentre essas estórias que lhes serve de base, três em especial formam o enredo principal neste primeiro volume da trilogia: João e Maria (Irmãos Grimm), Chapeuzinho Vermelho (Irmãos Grimm) e Peter Pan (J.M. Barrie). Como disse acima, outros contos surgem ao longo do livro (Branca de Neve, O Príncipe Sapo), até mesmo como fortes referências, mas a estrutura básica da obra é construída sobre esses três descritos.

Fazendo um resumo rápido do livro (sem entregar nada que estrague sua leitura, claro) ele narra algumas estórias que, ao longo do enredo, se entrelaçam e acabam se conflitando no final. Uma delas é a de Ariane, uma jovem que vê sua avó ser morta por um terrível lobo, e é salva por um corajoso caçador; outra conta a tragédia de João e Maria, dois irmãos que, deixados sozinhos no bosque pelos país – por um motivo explicado depois -, acabam sendo capturados por uma bruxa que pretende devorá-los; em outro local, vislumbramos a saga de Jamil Coração de Crocodilo, filho legítimo, mas não querido, do infame Capitão James Gancho; e por fim temos a trama da família real Branford, mais precisamente de seu filho, e príncipe, mais novo, Axel. O enredo se concentra em Andreanne, capital do reino de Arzallum.

Governado por Primo Terra Branford, Rei que conquistou sua coroa após liderar uma épica batalha contra as mais malignas criaturas do mundo, fato conhecido como Caçadas às Bruxas, ele vê, de repente, seu reino tomado pelas terríveis maquinações do pirata Jamil Coração de Crocodilo, que trás a guerra e o medo para dentro das muralhas da cidade-capital.

Dragões de Éter sem preconceitos com raças.

Não podemos prosseguir mais sem antes citar o mundo criado por Draccon para ambientar a trilogia. Nova Ether é, ao mesmo tempo, um mundo bem focado no estilo Alta Fantasia – em que brilham o trabalho de J.R.R. Tolkien e C.S.Lewis -, mas diferente mesmo assim. Segundo narrador, este mundo só existe pela força do pensamento de um semideus, conhecido como O Criador; um fruto direto da influencia dessa entidade dentro deste mundo são as fadas, semideusas que são extensões da vontade deste ser semidivino.

Nova Ether possui como base os conceitos da fantasia medieval, mas vão além disso em alguns momentos, sendo um ambiente bem mais mágico, sobrenatural e mutável que a Terra-Média ou Nárnia. Fora isso, as referências sempre presentes á elementos da cultura pop contemporânea (Final Fantasy, Nirvana, etc) concedem um ar ainda mais envolvente ao ambiente descrito.

Duvido a chapeuzinho entrar nessa floresta oh doido… eu duvido!

Mais acima, disse que alguns aspectos me chamaram a atenção no livro e que, juntos, a tornam uma obra singular dentro de seu estilo. Então, o que destaco como mais surpreendente, dentre todos esses aspectos citados, é a forma como são abordados os contos de fadas ao longo do enredo. Sim, como já denunciei o autor não pretende recontar, mas estender as tramas para além do que se sabe no senso comum, inclusive contextualizando vários acontecimentos que sempre causaram estranheza aos leitores/ouvintes como: por que a mãe da chapeuzinho vermelho deixou ela ir sozinha visitar a avó  que morava no meio de uma floresta? Por que os pais de João e Maria os abandonaram no bosque?

Em Caçadores de Bruxas essas e muitas outras perguntas são respondidas, e muito bem, pelo enredo envolvente e bem construído do autor. Outro ponto de imenso – mas IMENSO mesmo -, destaque se refere ao narrador da trama. Escrito em terceira pessoa (narrador-observador), a fala escrita aqui remete diretamente ao Bardo que, na tradição oral em que surgiram a maioria desses contos de fadas, contava suas lendas e fábulas ao redor da fogueira em pequenos vilarejos medievais. O modo como a narração se desenrola recria, de forma sublime, a contação de histórias do menestrel antigo – inclusive na forma como dialoga com o leitor e questiona as motivações dos personagens do enredo elementos do cenário.

Embora não seja algo novo em literatura, o modo como foi inserido aqui concedeu ao livro um tom marcante, e inesquecível ao leitor, garanto.

Perainda que eu rô subir bem ali assPUTAQUIPARIU!!!!

Agora vê deve estar pensando “e não existe ruim no livro?”. Sim, existem sim. No entanto, pequenos detalhes, quase irrelevantes, perdem ainda mais sua significância quando os acertos são tão incríveis! Duvida do que estou dizendo, então folheie o quanto antes do livro e descubra. Finalizei Caçadores de Bruxas, primeiro livro da trilogia Dragões de Éter, com uma sensação de descoberta, e satisfação literária; semelhante á alguém que acaba de descobrir algo novo e, ao mesmo tempo tão maravilhoso, que necessita compartilhar com alguém o quanto antes – agora você sabe por que o primeiro Baião do ano é sobre esse livro, hein?!. Fico feliz que ainda restem mais dois livros pela frente. Não sei nada sobre eles, nem se são continuações diretas do enredo deste primeiro livro, mas não me aguento de ansiedade para ler. Assim, aguardem em breve resenhas deles por aqui, certo?

Espero ter esclarecido um pouco sobre o livro, e que possam se motivar à lê-lo tão logo o tenham mãos. Há, não esqueçam, caso tenham gostado não deixem de compartilhar, e comentar sobre suas experiências com esse, e outras leituras.

Abraço e até a próxima.

O que tem na literatura de Draccon?

Post de Thaís Chaves para o Com Café Em Roma.

Link original: http://comcafeemroma.blogspot.com.br/2014/01/o-que-tem-na-literatura-de-draccon.html

Enjoy.

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O que tem na literatura de Draccon?

Estou de volta, e com uma pergunta não muito difícil. O que tem na literatura de Draccon? Este final de semana li Espíritos de Gelo e fiquei encantada com a destreza de Raphael Draccon para escrever. Ele é dominador de uma maestria literária simplesmente incrível, escreve de uma tal forma que te prende em todo o livro. Espíritos de Gelo não foi a minha primeira experiência com os livros dele, já li também Fios de Prata neste, por exemplo, ele tem em seu personagem principal tudo o que se espera, tornando-o de uma personalidade intrigante e interessante, o melhor é como Draccon consegue associar todos esses universos sobrenaturais a fatores cotidianos. No meu caso que amo ler e amo futebol, quando comecei a ler Fios de Prata pensei: Como assim o personagem principal é um jogador de futebol?? Fiquei maravilhada na forma como ele faz com que mundos tão diferentes possam se moldar tão bem.

Infelizmente, não estou aqui para falar deste livro, mas para falar de Espíritos de Gelo. É um livro tão intrigante que se você puder, vai ler em um dia. O personagem principal tem uma história pra contar que de inicio é bem estranha, mas a forma como ele é obrigado a contar faz com que você queira saber cada vez mais, e sinceramente, teve horas em que eu tive vontade de tortura-lo só para que suas memorias voltassem mais rápido e ele continuasse a contar. O final do livro é maravilhoso e inacreditável, realmente fiquei de boca aberta e eu como boa leitora entendi o lado do personagem principal e não apoiaria o que fizeram com ele, independente do o que ele tenha feito.

Outra coisa maravilhosa são as referencias que ele faz no livro – não sei vocês, mas foram sobre coisas que eu gosto – coisas essas que me fizeram parar de ler pra questionar com ele. Por exemplo, como assim você acha que os Beatles podem ter sido satânicos? E espera ai, Winchesters? Você disse Winchesters? Sinceramente eu não esperava que alguém citasse Supernatural em livros e eu achei incrível, afinal sou fã da série.

Além de todas essas coisas, eu nunca fui muita fã de literatura nacional, e com os livros dele mudei radicalmente de ideia. Também me sinto inspirada por ele e sua esposa, a fofa Carolina Munhoz, afinal também gosto de escrever e tenho meus projetos!!

“Dragões de Éter” no Espaço Books

Resenha de Pedro Melo para o “Espaço Books”.

Link original: http://espacobooks.blogspot.com.br/2014/01/resenha-dragoes-de-eter-cacadores-de.html?spref=tw

enjoy.

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Resenha: Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas


Título: Dragões de Éter  - Caçadores de Bruxas
Saga: Dragões de Éter – Livro 1
Autor(a): Raphael Draccon
Editora: Planeta/Leya
Páginas: 424/440

Ano: 2007/2010

Não sei ao certo o motivo de não ter lido esse livro antes; Eu fiquei estasiado e com as minhas emoções todas embaralhadas. Quando eu pensava que o livro iria acabar tranquilamente, logo após o final e algumas informações do autor, existe um apêndice que te deixa de boca aberta e quando você termina o livro e lê ele, tudo começa a fazer sentido. Acho que vocês ja perceberam que eu amei o livro, e bem, ja comecei o livro com as expectativas lá em cima.

Para as pessoas que gostam de contos de fada, e até mesmo para aqueles que não gostam, mais sabem da estória. Esse livro é mais do que recomendado para todos; Pelo simples motivo, vocês começarão a ver essas estórias com uma nova visão e perceberão que nem tudo acaba com um final feliz. Primeiramente os personagens conhecidos dos contos que vamos acompanhar serão três: JoãoMaria; Ariane (Chapeuzinho Vermelho). A estória que conhecemos desses três personagens irão ser contadas para ficarmos mais familiarizados, mas o que me surpreendeu foi que não é apenas isso que acontece. O autor nos conta o que acontece antes dessas estorias e o que acontece depois, e o desenrolar fica cada vez mais emocionante.

O Narrador parece conversar com nós leitores, fazendo interrupções quando necessário e explicando algo para depois nós contar. É realmente uma sacada muito boa e isso faz com que a narrativa seja mas ágil. Acredito eu que os outros dois livros irá nos contar sobre outros personagens dos contos, pois as novas capas da série nos dar a entender isso, mas é claro que os personagens desse livro possam talvez fazer uma “ponta” nos outros livros, como a Branca de Neve, que apareceu por um pequeno no tempo no começo da estória e também alguns dos anões.


NOTICIA: A saga brasileira “Dragões de Éter” ganha novas capas

O mais interessante é que o autor, ele consegue interligar um conto ao outro sem muito esforço, quando você menos perceber, ja está em outro conto, é realmente muito legal essa troca, pois tem toda uma estória e vários acontecimentos subsequentes. Os pais de nossos personagens principais se conhecem, sendo que esses personagens cada um tem sua própria história. Pode parecer complicado, mas quando você começa a ler, vai vendo que é mais fácil de compreender do que você imagina. E claro que nem tudo é feliz, acontece um grande problema, um pirata chamado Jamil Coração de Crocodilo, que é filho bastardo de James Gancho. Decide atacar o reino chamado Arzallum, onde a maior parte da estória acontece.

Você viu que escrevi tanta coisa, sobre tantos assuntos superficiais, mais se você ainda está com alguma duvida, bem, vou dar um resumo desse mundo, certo? Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer… Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real.

Estou muito animado para ler o segundo volume dessa trilogia; Esse livro é mais do que recomendado, tenho certeza que vocês não irão se decepcionar com ele.

“Dragões de Éter” no Cafeína Literária

Resenha do Cafeína Literária de “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas”.

Link original: http://www.cafeinaliteraria.com.br/2011/12/04/drops-dragoes-de-eter/

Enjoy.

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Dragões de éter

Havia comprado o livro (autografado) em um workshop sobre a jornada do herói, ministrado pelo Eduardo Spohr e pelo próprio Raphael Draccon, há mais de um ano. Ele estava quase no fim na minha (sempre extensa) lista de leitura. Até que me inscrevi em um outro workshop, desta vez sobre roteiro, com o Draccon. Achei que deveria, antes da data do workshop, ao menos saber como ele escrevia e se eu gostava ou não do que ele escrevia. E o primeiro volume de Dragões de éter cortou a fila.

Admito que o título e algumas resenhas deixaram-me meio com “o pé atrás” antes de iniciar a leitura. Tive a impressão (felizmente errônea) de que a estória era fantasiosa e espiritual demais para o meu gosto literário. E, logo nas primeiras páginas, fui favoravelmente surpreendida por uma narrativa despretensiosa e ao mesmo tempo sedutora, repaginando de modo bastante criativo os contos de fadas que povoaram meu imaginário durante a infância.

Duas características – além da estória em si, lógico – acredito que sejam responsáveis pelo fato do livro agradar tanto. A narrativa é feita em terceira pessoa. E o narrador é uma atração à parte. Bastante parcial e opiniático, conversa com o leitor de uma maneira que o deixa confortável e muito à vontade com todo o universo da estória. Fez-me lembrar bastante o narrador de “O hobbit”, com seus comentários, por vezes jocosos, no decorrer da narrativa. Outro facilitador são os capítulos pouco extensos. Sei que é psicológico, mas iniciar a leitura e ver que o capítulo estende-se por vinte e tantas páginas às vezes é desanimador. Com capítulos curtos, além de sabermos que podemos lê-los em pequenos intervalos de tempo, avançamos na leitura sem perceber. É algo assim: “ah, este capítulo é pequeno… só mais um… só mais um…”. E quanto notamos, a noite avançou e ainda estamos imersos, acompanhando as aventuras e desventuras dos personagens.

Se alguém me pedir indicação de um livro de literatura fantástica (mesmo não especificando que deva ser brasileiro), eu certamente irei sugerir Dragões de éter. Aliás, farei isso principalmente se quem pedir a indicação não for leitor assíduo desse estilo de narrativa. Acredito que o talento de Draccon consiga despertar o interesse por literatura fantástica até em quem habitualmente lê romances ou biografias. Afinal, a estória é envolvente, a premissa é inteligente, a escrita é fluida. E não há como negar, vender 70 mil exemplares num país que não tem muito o hábito da leitura e mais, não tem tradição em literatura fantástica, é algo que não pode ser desconsiderado.