Mapa de autores BR na Bienal RJ

Mapa divertido e personalizado pelo quadrinista Estevão Ribeiro sobre a participação dos autores de literatura fantástica BR na Bienal do RJ.

No mapa inclusive está minha versão da tira cartunesca de Estevão: Os Passarinhos, o lagarto voador Raphael Dragon!

Para visualizar o mapa em tamanho maior, só clicar aqui.

Enjoy.

Dragões de Éter no Midori Sakura

Resenha de Sayaka Hime para o Midori Sakura.

Link original aqui.

Enjoy.

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Uma história para ser apreciada por quem consegue sonhar: “Dragões de Éter”

Boa noite!
Como vai você?

Hoje vou compartilhar um pouco sobre minha atual leitura! Uma série mágica. Sublime. Encantadora. E o melhor de tudo? Brasileira! Alguém aí já viajou à Nova Ether?



“Caçadores de Bruxas”
Autor: Raphael Draccon
Editora: Leya
Série “Dragões de Éter”: “Caçadores de Bruxas”, “Corações de Neve” e “Círculos de Chuva”
Site: www.dragoesdeeter.com.br

Resumo (livro 1):
“Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer…”

Comentários:
Sinceramente, eu não esperava ler “Dragões de Éter” tão cedo! Tinha outras leituras em mente! Porém, como minha vizinha me emprestou o primeiro livro, porque não estava evoluindo na leitura, resolvi dar uma chance a ele em uma noite em que não tinha para fazer e… My gosh!! Como eu poderia saber que era tão bom?

Só para ter uma ideia: eu adoro contos folclóricos! Os acho extremamente ricos e interessantes por terem se originado e, por muito tempo, terem sido repassados pela tradição oral. Esse tipo de literatura me fascina, e procuro, sempre que posso, buscar exemplares para comprar e ler – não necessariamente nessa ordem!! ^^
Imagina como fiquei quando comecei a ler “Caçadores de Bruxas” e me deparo com a história de dois irmãos e uma maldita casa feita de doces!!


A história, como você logo percebe às primeiras páginas, contém vários núcleos, os quais o autor consegue, com maestria, fazê-los reunir-se à hora certa. Conforme você avança na leitura, Nova Ether vai se revelando, ao mesmo tempo, familiar e surpreendente! Isso porque, como escrevi um pouquinho acima, aqueles contos tão famosos que você ouvia e lia, assim como muitas crianças, de muitos lugares e épocas diferentes também o fizeram, vão aparecendo, ganhando vida e, quando pensa que consegue adivinhar o próximo passo… Há!! Quem disse que não poderia haver uma versão um pouco diferente?

Entre uma variação aqui e uma referência ali, Raphael Draccon vai tecendo uma história rica e belíssima, aberta à filosofia, ao encantamento e ao sonho, enquanto se consagra como um dos melhores escritores brasileiros contemporâneos. Pois um mundo onde o Reino dos Reinos é governado por um monarca que subiu ao trono após uma vida simples como moleiro, que tem dois príncipes muito diferentes como filhos, e uma esposa não-humana, como poderia ser igual a qualquer outro? Um mundo em que uma menina luta para não ter de lembrar como passou, da noite para o dia, a ser reconhecida por conta da cor de seu chapéu, e onde existem os piratas mais cruéis e sedentos por poder que você já ousou imaginar? Onde bruxas ainda existem, há se existem, e seus caldeirões borbulham lenta e gradualmente? Onde nem tudo o que parece é e há mais segredos escondidos do que possa cogitar?

Bem-vindo(a) a Nova Ether! Desfrute da paisagem, abra sua mente, respire fundo e segure minha mão. Não tenha medo! Nossa viagem começa dentro de três momentos…

Um.

Dois.

Três!


P.S.: Nada mais justo que uma postagem sobre “Dragões do Éter” com imagens de, ora, dragões! Procurei na internet esses, que foram feitos para as capas dos livros, e dei uma incrementada no PinNic, com o filtro “Texturas Especiais”. Acho que o resultado final combinou com a proposta do título da postagem!

Ah! A imagem da Casa de Doces é de um banner para o filme “Hensel and Gretel:  Witch Hunters”, prevista para estreia no primeiro semestre de 2012.

Resenha * sem spoilers * de “Filhos do Éden”, de Eduardo Spohr

Filhos_Eden

FILHOS DO ÉDEN

Acredito que muitos leitores saibam do apreço que tenho por Spohr. Nos conhecemos através da gravação de um podcast que curiosamente nunca foi ao ar. Naquela época, Spohr já havia demonstrado que muito de seu sucesso se apoiava em duas vertentes: talento e carisma.

A primeira vinha do nerd contador de histórias, amantes de filmes oitentistas e RPGs importados. Normalmente, ele seria o tipo de geek prestes a sofrer bullying na escola ao mencionar suas coleções de action figures, mas como se tornou um grandalhão tatuado, eu duvido que tenham mexido tanto assim com ele por aí.

Seu carisma também se pauta em dois pontos: caráter e educação. Spohr se trata de um ser humano de princípios inabaláveis; aquele tipo de sujeito que você não conseguiria subornar na alfândega, aquele motorista de táxi que mesmo transportando um gringo que mal sabe português faria o caminho correto e mais rápido até o hotel solicitado.

Além disso, ele tem a cara do Jacob do Lost. Como poderia um nerd legítimo não ter carisma assim?

Já seu talento de contador de histórias se desenvolveu através de uma coragem de correr riscos, de tentar e errar e errar até o acerto, em uma humildade de ouvir os mais próximos e em uma disciplina inabalável, aliada a uma organização peculiar.

Essas características aliadas ao fenômeno Jovem Nerd produziram uma bomba atômica na cultura pop brasileira e o arrebatador “A Batalha do Apocalipse” saiu de um nicho onde já era um sucesso para se consagrar de vez por todo o país. Ainda assim, por mais espetacular que tenha se dado essa repercussão, o que se viu foi um Spohr ainda humilde, atencioso e simpático com os fãs, e dotado de uma consciência que autores três vezes mais velhos nunca adquiriram.

Foi assim que o país ganhou uma nova estrela em sua literatura contemporânea.

spohr draccon

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Hoje Spohr vive um cenário bem diferente. As pessoas agora o conhecem, seu próximo livro não será um azarão do mercado editorial, será uma grande aposta. Haverá a comparação com o sucesso anterior e a cobrança por um padrão de qualidade agora já estabelecido. Acreditem, isso tudo mexe com a cabeça de um autor. E seguir em frente ainda assim, e fazer bem o seu trabalho ainda assim, é o que separa os homens das crianças no mercado editorial profissional.

Recebi o original do próprio Eduardo como presente de aniversário no dia 15 de junho de 2011 e desde então o tenho levado para ler principalmente durante viagens em eventos. Em algumas delas, ao comentar que carregava tal documento durante a viagem, escutei mais de uma vez ameaças de… ãhn… extravio de minha bagagem por parte de alguns leitores mais afoitos, que dividem o gosto por nossas literaturas.

Recentemente sei que Eduardo também postou um guia de leitura, que no momento em que escrevo esse post ainda não li, até para não influenciar minhas impressões. Talvez você encontre coisas aqui que se repitam por lá, e, se assim o for, provavelmente será um indicativo de que eu e Eduardo estamos provavelmente certos ou inteiramente equivocados.

Não importa, em pouco tempo cada um de vocês poderá tirar suas próprias impressões.

SINOPSE

Há uma guerra no céu. O confronto civil entre o arcanjo Miguel e as tropas revolucionárias de seu irmão, Gabriel, devasta as sete camadas do paraíso. Com as legiões divididas, as fortalezas sitiadas, os generais estabeleceram um armistício na terra, uma trégua frágil e delicada, que pode desmoronar a qualquer instante.

Enquanto os querubins se enfrentam num embate de sangue e espadas, dois anjos são enviados ao mundo físico com a tarefa de resgatar Kaira, uma capitã dos exércitos rebeldes, desaparecida enquanto investigava uma suposta violação do tratado. A missão revelará as tramas de uma conspiração milenar, um plano que, se concluído, reverterá o equilíbrio de forças no céu e ameaçará toda vida humana na terra.

Ao lado de Denyel, um ex-espião em busca de anistia, os celestiais partirão em uma jornada através de cidades, selvas e mares, enfrentarão demônios e deuses, numa trilha que os levará às ruínas da maior nação terrena anterior ao dilúvio – o reino perdido de Atlântida.

É, MAS NÃO É A BATALHA DO APOCALIPSE…

Filhos de Éden se passa no mesmo cenário de ABdA, mas não possui a mesma pretensão. Essas diferenças não se baseiam apenas em grandeza de ações e consequências, mas também em seus personagens.

Kaira e Denyel não são Ablon e Shamira. Em ABdA, Spohr nos apresentou o casal que aprendemos como leitores a torcer ao longo de séculos.  E também que estabeleceu um padrão de comparação inevitável, mas compreensível.

Batalhas de anjos e cenas de ação cinematográficas estão lá, mas em uma amplitude menor. Não muito menor, apenas o suficiente para a nova proposta.

Em ABdA tudo é gigantesco. Toda ação afeta milhões de espíritos no plano físico e espiritual. E mesmo a trama se passa de maneira planetária.

Em Filhos do Éden, a ação é muito mais restrita e regional, aproximando-se mais da literatura de André Vianco, por exemplo, no sentido de pegar figuras mitológicas universais (no caso, anjos) e aproximá-los da nossa realidade brasileira, em interações com realidades nacionais.

UMA QUESTÃO DE ESTILO

Spohr costuma bater em uma tecla de que alguns autores como eu e Caldela seríamos escritores por essência, enquanto ele seria um contador de história que teve de aprender como colocar no papel ideias que povoavam sua cabeça. É curioso pensar em sua escrita dessa forma.

De fato, Spohr não tem frases ou características de construções dessas frases que lhe caracterizem unicamente. Mas seu talento como contador de histórias fez com que padronizasse em sua escrita determinados elementos que passam a ser esperados em seus romances, caracterizando de uma forma ou outra um estilo.

Uma dessas características geradas nesses anos de tentativa e lapidação foi o descritivo. Seus cenários são bem detalhados e os ambientes bem explicados. O detalhamento dos conceitos espirituais em seus livros passa a mesma impressão de se assistir a um episódio de CSI: mesmo que você não se lembre de nada após fechar a página, você terá uma boa sensação de quem se sentiu aprendendo alguma coisa. E, logo, não perdeu seu tempo.

Muito do que é descrito em Filhos do Éden, inclusive, já o foi em ABdA, mas, por não se tratar diretamente de uma continuação, essa repetição é justificável já que um leitor pode acabar sendo introduzido no universo por esse livro inicialmente.

Outra característica dos personagens do autor é algo que poderíamos chamar de “Michael Bay às avessas”. Nos filmes de Bay, os personagens vivem momentos de ações e tensão estilo montanha-russa, impedindo que os personagens tenham paradas para envolvimentos românticos tradicionais. As interações de casais nos filmes do diretor se passam à distância, principalmente por telefones celulares ou rádios de pilotos prestes ao sacrifício.

Anjo dourado

No estilo desenvolvido por Spohr isso também acontece, mas com os personagens próximos. Ablon e Shamira permanecem unidos ao longo do Tempo, mas, ao mesmo tempo, afetivamente como homem e mulher são distantes. Kaira e Denyel possuem relação parecida.

No caso de Bay, é uma mera opção de gosto duvidoso. No caso de Spohr, faz parte da relação tênue e espiritual entre as raças humana e angélica, que precisam equilibrar conceitos como transcendência e desejo carnal.

UM LIVRO SOBRE… COMIDA

Outra característica de Spohr é mexer com os sentidos.

Aqui em especial ele descreve melhor uma característica dos anjos mais próximos da orbe terrestre: o da necessidade de comida mundana para ajudar a manutenção do corpo físico.

A princípio você pode achar que isso se trata de um mero detalhe inserido na trama, mas se resolver ler o romance irá descobrir que na verdade o efeito final vai um pouco além.

A questão é que ler Filhos do Éden dá fome!

hamburguer

Você pode não levar isso a sério agora, mas quando acompanhar personagens comendo salgadinhos, batata frita, doces e até McDonald’s o tempo inteiro, eu quero ver o que irá dizer depois.

Mas lembre-se: anjos não engordam.

Você sim.

AND… ACTION!

E claro, há outra e talvez mais singular característica do estilo desenvolvido pelo autor: as batalhas influenciadas por animes e filmes de ação. E elas estão lá, às vezes parecendo um filme de John Woo, outras um filme dos Wachowski, outras, um anime de Kuromada.

Resumindo: Filhos do Éden é tudo o que se espera de Eduardo Spohr, apenas em uma escala menor. Abrir o livro tendo consciência disso pode ser a diferença entre um leitor de ABdA ter uma total ou parcial diversão.

De qualquer maneira, a melhor constatação é a de que o autor ainda possui uma propriedade sobre anjos que nenhum outro, em nenhum lugar do mundo, possui igual.

Alguns leitores diriam que isso se trata de uma grande sorte nossa.

Eu sou de uma opinião mais próxima a de conceitos angelicais: acredito em merecimento.

Que bom que nós brasileiros fizemos por merecer um autor como Eduardo Spohr.

abda

E se Game of Thrones fosse um RPG de Snes?

O College Humor fez uma paródia de Game of Thrones, simulando como seria a trama caso fosse adaptada para um RPG eletrônico nos moldes dos antigos jogos 16-bits de Super Nintendo.

O resultado é genial. Sério: se você já leu o livro ou assistiu ao seriado, assista a isso. =)

Enjoy.

Dragões de Éter no Café Fraco

Resenha de Lily para o Café Fraco.

Link original aqui.

Enjoy.

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Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas

Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas

Olá, leitores lindos do Café Fraco! Para quem não me conhece, eu sou a Lily, mais conhecida como @Princesafada (Leiam Princesa-fada, seu bando de fapeiros!) e a partir de agora serei a responsável por trazer para vocês algumas resenhas de livros. Também teremos uma classificação no final de cada resenha, para que vocês saibam qual nota eu estou dando para o livro, que funcionará da seguinte forma: quanto melhor o livro, mais colheres de café ele terá, sendo cinco o limite máximo.

Lembrem-se apenas que essa classificação é uma opinião PESSOAL e que não quero ofender ninguém, então, sem mortes, ok?

Agora vamos a resenha propriamente dita:

Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas

Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas

Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga.

Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas.

Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer…

Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real.

E mudará o mundo.

(Texto retirado da orelha do livro)

Admito que comprei o livro na Bienal de São Paulo do ano passado apenas para pegar o autógrafo do Raphael Draccon. No caminho para casa, porém, ao começar a ler o livro, vi que tinha feito uma das melhores escolhas da minha vida. ‘Caçadores de Bruxas’ não só diverte e encanta como também vicia.

O livro possui diversas referências contemporâneas e é extremamente divertido ficar tentando adivinhá-las (é sério, um dos príncipes se chama Axel…). Outro ponto positivo é a releitura de clássicos infantis como João e Maria ou Chapeuzinho Vermelho. Os contos-de-fada têm um papel realmente importante na história e foram fundidos de uma maneira que é muito difícil de ver por ai. Ao invés de ser apenas um amontoado de histórias misturadas, formam uma lógica extremamente fascinante, fazendo com que você se pergunte como não pensou nisso antes.

Além disso o narrador é um caso a parte. Divertido e parecendo um amigo que está te contando a história, faz com que você não repare o tempo passando  ou que o livro está acabando. Para exemplificar, alguns trechos (não se preocupe, são do começo da narrativa e não tem spoilers).

“E o salvador? Sim, o caçador herói – do ponto de vista humano – que meteu duas balas no peito da criatura. Esse personagem será importante para esta história que narro, mas ainda não será agora que trarei maiores detalhes de sua vida. Mas que diabos! – você deve querer reclamar desta história em que todas as boas informações parecem estar relegadas ao futuro. Ei! Estamos prestes a conhecer uma longa história, e qual seria a graça se tudo fosse revelado de maneira tão fria e deselegante?”

(Pg. 25)

“O incidente foi suficiente para mudar a vida de Ariane Narin, tornando-a conhecida em sua região, embora preferisse viver para sempre no anonimato a ser conhecida como a menina que viu a avó ser devorada por um imenso lobo faminto. Mas ela não teve nem jamais teria essa sorte, pois, como já fora dito, naquele dia ela perdeu a pureza com a qual a mãe sempre cercou sua infância. E as pessoas poderiam nem mesmo conhecer seu nome ou o de sua avó ou o de sua mãe ou o do caçador herói, mas conheceriam sua história. E, se seu nome não fosse reconhecido, a reconheceriam por outro. O nome que ela mais detestava no mundo e o qual parecia persegui-la como uma lagartixa decidida por uma mariposa sem sorte”.

(Pg 26).

Claro que esses são trechos logo do começo do livro (primeiro capítulo), mas você pode aguardar humor por toda a trilogia de Dragões de Éter. E, acredite, você vai querer ler toda a trilogia.

Os personagens também são muito bem trabalhados e é muito gostoso ir acompanhando suas histórias, ainda que às vezes alguns te dêem raiva (e você queira o endereço do Raphael apenas para mandar uma bomba para lá. É sério.). Ariane Narin, é uma fofa e junto de João Hanson, ficam fazendo você dar sorrisinhos involuntários durante o desenrolar da trama. Maria Hanson é outra que você VAI acabar admirando, assim como Axel Branford e todos os outros que vão aparecendo no desenrolar da trama (estou tentando com todas as minhas forças não fazer spoiler). E todos, eu digo todos, se tornam tão críveis que você se pega sonhando literalmente com Nova Ether.

E o fato mais surpreendente de todos: Raphael Draccon é brasileiro (ainda que tenha saído em algumas publicações que ele seja norte-americano). E não só é conterrâneo nosso como é a simpatia em pessoa. Experimente assistir uma palestra com ele, ou pedir um autógrafo durante um evento. Não só ele será simpático como é do tipo que faz questão de conhecer você, nem que seja perguntando qual foi o último livro de literatura fantástica que você leu.

Nota:

5 pontos

Ficha Bibliográfica

Título: Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas
Editora: Leya
Autor: RAPHAEL DRACCON
Origem: Nacional
Ano: 2010
Número de páginas: 440

Matéria sobre Stephen King para o Saraiva Conteúdo

Matéria de André Bernardo sobre o mestre do horror Stephen King para o Saraiva Conteúdo, com participação minha, de André Vianco e Eduardo Spohr.

Link original aqui.

Enjoy.

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Mestre moderno do terror, Stephen King influencia nova geração de escritores brasileiros

Por André Bernardo

Stephen King já estava desistindo da ideia de ganhar a vida como escritor quando sua mulher, Tabitha, decidiu resgatar, da lata do lixo, os originais de Carrie, A Estranha. Ela gostou tanto da história da adolescente que usou seus poderes paranormais para se vingar daqueles que a hostilizavam no colégio que encorajou o marido a seguir em frente. E ele seguiu. Hoje, aos 63 anos, Stephen Edwin King é o escritor de literatura de terror mais vendido de todos os tempos. Desde que Carrie chegou às livrarias, em abril de 1974, King já lançou quase 70 livros, entre contos, romances e ensaios. O mais recente deles, Ao Cair da Noite, uma coletânea de 13 contos de terror, acaba de ser lançado no Brasil.

Por aqui, King é cultuado por uma legião de admiradores famosos, como os também escritores André Vianco, Eduardo Spohr e Raphael Draccon. Spohr, por exemplo, admite a influência de King em sua obra. “Um bom livro é feito de forma e conteúdo. Você pode até ter uma boa história em mãos, mas, se não souber como contá-la, não vai seduzir o leitor. O King sabe conciliar as duas coisas como ninguém”, elogia Spohr.

Dos livros para as telas

Autor de A Batalha do Apocalipse, Eduardo Spohr tinha 8 anos quando assistiu, pela primeira vez, a um filme baseado na obra de King. Impressionado com a adaptação do cineasta Stanley Kubrick para O Iluminado, que conta a história do zelador de um hotel mal-assombrado nas montanhas do Colorado que enlouquece e tenta matar a família, Spohr resolveu comprar o livro que deu origem ao filme. Dali por diante, não parou mais. “Quando começo a ler um livro do Stephen King, não tenho a menor pressa em terminá-lo. A riqueza de detalhes chega a impressionar. Ele sabe como transpor o leitor para dentro da narrativa”, analisa Spohr, que elege O Cemitério e A Zona Morta, dois de seus romances favoritos do mestre do terror.

A exemplo de Carrie, A Estranha e O Iluminado, muitos dos romances de Stephen King já ganharam as telas de cinema. Alguns, como Louca Obsessão, de Rob Reiner, e À Espera de Um Milagre, de Frank Darabont, fizeram jus aos originais. Outros, como Christine – O Carro Assassino, de John Carpenter, e Chamas da Vingança, de Mark Lester, deixaram a desejar. Até hoje, Raphael Draccon não se esquece daquele que considera o mais aterrorizante de todos os filmes já baseados na obra de King: It – Uma Obra-prima do Medo, de Tommy Lee Wallace. “Para ter uma ideia, no livro Espíritos de Gelo, a minha dedicatória foi: ‘Para Stephen King e o palhaço Pennywise, por ensinarem a uma criança o que é o terror’. Precisa dizer mais?”, indaga o autor de Dragões de Éter.

Leitores famosos

Raphael Draccon é o primeiro a reconhecer que a construção da narrativa de Caçadores de Bruxa, o primeiro volume da série Dragões de Éter, é bastante inspirada na obra de King. “Nos livros dele, passamos a conviver com os personagens de uma determinada cidadezinha como se morássemos ali. Conhecemos seus costumes, sua rotina, seus problemas. Então, de repente, algo fora do normal acontece e gera um efeito dominó na coisa toda”, teoriza. Curiosamente, o primeiro livro de Stephen King que Draccon leu foi Os Olhos do Dragão, que classifica como “um conto de fadas adulto”. Desde então, resolveu ler a obra completa do autor, na ordem em que foram escritos. “É fácil se deixar conduzir por ele porque Stephen King faz o sobrenatural se tornar natural”, afirma.


Desde que lançou Carrie, Stephen King já escreveu cerca de 70 livros, entre romances e contos

Para Stephen King, tudo é pretexto para provocar medo no leitor. Tudo. Desde seres sobrenaturais, como zumbis, vampiros e lobisomens, até objetos inusitados, como automóveis, máquinas de lavar e cortadores de grama. Da nova geração de escritores brasileiros, nenhum outro parece ter se inspirado tanto em Stephen King quanto o paulista André Vianco. Autor de 12 livros, como Os Sete, O Senhor da Chuva e Bento, Vianco já pode ser considerado o mais bem-sucedido escritor brasileiro de terror. “A maior influência que King gerou na minha obra foi explorar o local onde eu vivo e transformar a minha cidade e cidades ao redor dela em cenários para as minhas criações, por mais malucas que elas possam ser”, observa o autor, nascido em São Paulo e criado em Osasco.

Vianco conheceu King através do conto Rita Hayworth e A Redenção de Shawshank, que integra a coletânea Quatro Estações e que, no cinema, ganhou o nome de Um Sonho de Liberdade pelas mãos do diretor Frank Darabont, o mesmo de À Espera de Um Milagre e O Nevoeiro. “É daquelas histórias magnéticas”, resume. Mas o livro favorito de Vianco é A Dança da Morte, que retrata a humanidade à beira do extermínio por causa de uma epidemia de gripe. “É um livro que vai apresentando aos poucos os muitos pontos de vista de uma mesma história”, descreve o autor, admitindo que utilizou esse recurso em alguns de seus livros, como Bento e Os Sete. “A Dança da Morte traz agonia e diversão na medida certa”, enaltece. Palavra de quem entende do assunto.

Dez curiosidades sobre Stephen King

1. Stephen King não é o único escritor da família. Sua mulher, Tabitha, é autora de sete livros. Um dos filhos do casal, Joseph Hillstrom King, também enveredou pela literatura. Sob o nome de Joe Hill, já escreveu três livros: A Estrada da Noite, Fantasmas do Século XX e O Pacto.

2. Se não fosse escritor de livros de terror, King provavelmente seria cantor ou guitarrista de rock. AC/DC, Ramones e Metallica, aliás, estão entre as suas bandas favoritas. Ele chegou a tocar guitarra num grupo, The Rock Bottom Remainders.

3. Em 19 de junho de 1999, King foi atropelado por uma van enquanto passeava nos arredores de sua casa no Maine. Teve o quadril fraturado, um dos pulmões perfurados e quatro costelas quebradas. Reza a lenda que King comprou o veículo só para destruí-lo a golpes de marreta.

4. Nos anos 70, King tornou-se dependente químico. Em seu livro de memórias, On Writing, o escritor confessa que só tomou coragem de se internar em um centro de reabilitação quando sua mulher, Tabitha, ameaçou separar-se dele.

5. Além de escrever livros, King já assinou alguns roteiros, como Sonâmbulos, de Mick Garris, dirigiu a adaptação de O Comboio do Terror e até ensaiou algumas participações especiais em O Cemitério Maldito, A Tempestade do Século e Rose Red – A Casa Adormecida.

6. Antes de ganhar a vida como escritor, King lecionou inglês na Hampden Academy de 1971 a 1973. Para pagar as contas do mês, trabalhou, também, como frentista em um posto de gasolina e em uma lavanderia industrial.

7. King publicou o seu primeiro conto, The Glass Door (A Porta de Vidro, em livre tradução) aos 18 anos. Por ele, ganhou US$ 35 da revista “Startling Mystery Stories”. Sete anos depois, embolsou US$ 2.500 pela tiragem inicial de 13 mil cópias de Carrie, A Estranha.

8. Todos os dias, King acorda às sete da manhã para escrever, no mínimo, seis páginas por dia. Metódico, gosta de trabalhar todos os dias do ano. Só abre exceção no dia do seu aniversário (21 de setembro), no dia da independência americana (4 de julho) e na véspera do Natal.

9. King é apaixonado por carros antigos. Não por acaso, dois de seus livros, Christine e From a Buick 8, são “protagonizados” por automóveis. Na garagem de sua mansão no Maine, ele guarda duas Mercedes, um Caddilac, um Chevrolet e uma Harley-Davidson.

10. Ao longo da carreira, escreveu alguns livros sob o pseudônimo de Richard Bachman. Na ocasião, o “Daily News” publicou uma matéria, revelando a verdadeira identidade do autor. Bem-humorado, King admitiu que seu alter-ego morreu de “câncer de pseudônimo”.

Descobrindo George Martin (SP – Sáb 13)

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Eventos em SP, RJ, Porto Alegre, SP (interior), Nordeste e Bauru [atualizados]

Seguem os próximos eventos atualizados.

Aos que puderem comparecer, sejam todos bem-vindos. =)

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SÃO PAULO – LIVRARIA CULTURA

Quando: 13/08 (sáb), a partir das 18 hs.

Onde: Livraria Cultura – Bourbon.

O que: Bate-papo sobre o A Guerra dos Tronos e autógrafos de Dragões de Éter.

Entrada: Franca.

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/eventos/resenha/resenha.asp?nevento=23614

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SÃO PAULO – FANTASTICON

Quando: 14/08 dom, de 16 às 17 hs.

Onde: Biblioteca Viriato Corrêa, Rua Sena Madureira, 298

O que: Palestra (”Literatura de Entretenimento”) e autógrafos.

Com quem: André Vianco e Eduardo Spohr, e mediação de Luís Eduardo Matta.

Entrada: Franca (distribuição de senhas).

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RIO DE JANEIRO – BIENAL DO LIVRO

Quando: 10/09 a partir das 17 hs.

Onde: Rio Centro – Av. Salvador Allende, 6555, Barra da Tijuca.

O que: Autógrafos e presença no estande da Leya BR.

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SP (INTERIOR) [ATUALIZADO]

Quando: 26 a 28 de setembro

Onde:

26 de Setembro – 2ª feira

a) Macatuba (301 km SP) – Bate papo ás 9hs30
b) Pratânia (264 km SP) – Bate papo ás 14hs

27 de Setembro – 3ª feira
c) Pederneiras (320 km SP) – Bate papo ás 9hs
d) Cerqueira César (291 Km SP) – Bate papo ás 15hs

28 de Setembro – 4ª feira
e) Lençois Paulista (287Km SP) – Bate papo ás 9hs

O que: Palestras e Autógrafos.

Entrada: Franca.

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PORTO ALEGRE – DESCOBRINDO GEORGE MARTIN

Quando: 29 ou 30/10 (a ser definido)

Onde: Livraria Cultura.

O que: Palestras sobre Game of Thrones e autógrafos de Dragões de Éter.

Com quem: Leonel Caldela.

Entrada: Franca.

PORTO ALEGRE – FEIRA DO LIVRO

Quando: 31/10 (seg).

Onde: a ser definido.

O que: Palestras e Autógrafos.

Com quem: Eduardo Spohr, Leonel Caldela e Carolina Munhóz.

Entrada: Franca.

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FEIRA DO LIVRO DE PASSO FUNDO

Quando: 04/11 (a confirmar)

Onde: a ser definido.

O que: Palestras e Autógrafos.

Entrada: Franca.

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BAURU – WORKSHOP DE ROTEIROS AUDIOVISUAIS [ATUALIZADO]

Quando: 12 e 13/11 (sáb/dom).

Onde: Ponto de Cultura – Sede.

O que: Workshop de Roteiros de duração de 12 horas, divididos em dois dias. Os horários serão de 9 hs ás 12hs, pausa para almoço, e das 14 hs às 17hs.

Inscrições: Gratuitas. Evento patrocinado pela Oficina Cultural Glauco Pinto de Moraes.

http://www.oficinasculturais.org.br/programacao/regionais-2-semestre-2011/glauco-pinto-de-moraes.php

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NORDESTE (RECIFE, SALVADOR, FORTALEZA)

Quando: Novembro. Datas a serem definidas.

Onde: Livrarias Cultura e Saraiva.

O que: Palestras sobre A Guerra dos Tronos e autógrafos de Dragões de Éter.

Entrada: Franca.