Revista Isto É: Na Trilha da Fantasia

Matéria da Revista Isto É, da semana passada.

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Enjoy.

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Na trilha da fantasia

Escritores brasileiros seguem os passos de autores internacionais do gênero e emplacam os seus livros entre os mais vendidos no País

Marcos Diego Nogueira

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Raphael Draccon
Obra mais recente ”Dragões de Éter” 5 títulos lançados Gênero Medieval

Não existe nada em comum entre vampiros, anjos, dragões e fadas. Esses personagens e seres imaginários, no entanto, são agrupados pelo mercado editorial no filão mais rentável dos dias de hoje: o da literatura fantástica, ou simplesmente “fantasy”, que reúne autores como J.R.R. Tolkien, de “O Senhor dos Anéis”, George R.R. Martin, de “As Crônicas de Gelo e Fogo”, e J.K. Rowling, de “Harry Potter”. No Brasil, o gênero já tem seus seguidores, com três autores na lista dos dez livros nacionais mais vendidos: os cariocas Raphael Draccon, autor de “Dragões de Éter”, e Eduardo Spohr, de “Filhos do Éden” (na segunda e quarta posições, respectivamente), e o paulista André Vianco, com “O Caminho do Poço das Lágrimas” (o sétimo do ranking). Novata na turma, a paulista Carolina Munhóz vendeu em menos de um mês sete mil exemplares de seu romance “O Inverno das Fadas”. “Demorou um pouco para que essa produção literária se desenvolvesse aqui, mas agora deslanchou de vez”, diz Pascoal Soto, diretor da Editora Leya, que lança os livros de Draccon.

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“Essa nova geração tem um desejo forte de contar histórias significativas e não simplesmente exercitar um estilo consagrado.”
O sucesso das histórias fantásticas é favorecido por um hábito dos fãs: eles gostam de se encontrar e discutir os autores favoritos. Draccon, por exemplo, acredita que seu sucesso se deu pelas redes sociais: “O boca a boca começou nas comunidades do Orkut. Sem ter dado uma entrevista sequer eu já estava entre os três autores mais vendidos da minha editora.” No mês que vem, pelo menos cinco novos au­tores do gênero chegarão às livrarias.

O mercado internacional, claro, está de olho neles. Draccon já saiu em Portugal e “Filhos do Éden”, de Spohr, foi traduzido para o holandês e os outros títulos estão na mira dos selos de fora. É a fantasia tipo exportação.

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