Circo de Horrores (Super)Pop

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Aproveitando que estamos na época de falar de “Território V”, alguém, por algum acaso, assistiu ao Circo de Horrores que Kizzy Ysatis teve de se submeter ontem no… bom… Superpop, da Luciana Gimenez?

O tema era sobre vampiros e, obviamente, ninguém iria querer ouvir falar de literatura; nem os convidados no palco nem os tele-espectadores fora dele.

De novo: era o… bom… Superpop.

Sinceramente,  acreditava que esse programa nem existia mais, mas, pelo visto, existem programas que possuem corpo fechado.

Pobre amigo Kizzy!

Esse tipo de programa costuma preparar ciladas para seus convidados, assim como já fora feito anteriormente com André Vianco no extinto (hum, nem todos têm corpo fechado) Charme , da Adriane Galisteu, em que a apresentadora o apresentou como “vampirólogo”, ainda que nos bastidores ele tivesse dito ao produtor: “cara, eu não vampirólogo, eu sou escritor”.

Com Kizzy foi pior porque Vianco, ao menos, se submeteu apenas a um bloco de programa.

Kizzy teve de aguentar um programa inteiro!

Claramente a produção queria que Kizzy se fizesse passar por “vampiro de verdade”, afirmasse que tinha presas, convocava demônios nas praias de Santos ao lado de macumbas e bebia sangue de cabeças cortadas pelas ruas de São Paulo, enquanto no palco convidados sérios (como a cineasta Liz Vamp, filha de José Mojica) tentavam manter alguma sanidade em meio a outros convidados memoráveis apenas pelas besteiras levantadas como o velho tema: “o RPG invoca o demônio”.

Temas batidos que não dizem mais nada e têm a única e exclusiva função de tentar levantar a mesma polêmica que o vazio se excita, e o valoroso condena.

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(Liz Vamp e Kizzy Ysatis! Ontem eles provaram que ao menos suas paciências são imortais…)

Kizzy deve ter deixado a produção louca quando admitiu que não tinha presas nem fazia nenhuma barbaridade do tipo, e que gostava de vinho em vez de sangue.

Um guerreiro esse escritor por suportar até o fim.

Não cheguei a ver sua entrada no palco porque minha resistência chegou à linha de chegada, depois do limite em que se é possível assistir a circos desse tipo. A mente vai ficando enfraquecida, e a gente tem de correr para ler alguma coisa apenas para relembrar como é a vida inteligente.

Como prega o termo “criado” pela apresentadora, arrumar uma forma de sair de um cenário de “obscuridão”.

Admito aqui que eu poderia já ter ido a esse programa anteriormente, mas passei a oportunidade adiante.

Até sou um artista marcial treinado desde a infância, mas existem coisas que, definitivamente, minha resistência não aguentaria até o fim…

Comentários

uma resposta to “Circo de Horrores (Super)Pop”

  1. claudia on junho 6th, 2010 12:04 pm

    horrivel

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