Fascínio Sobrenatural

 Outro dia, durante a gravação de um videoclipe, conversava com a vocalista Cláudia Leitte sobre uma interessante questão levantada por ela em um debate sobre Dean Koontz, um dos seus (e dos meus) autores preferidos: de onde vem o fascínio humano pelo sobrenatural? [peraí, tá falando da vocalista de axé?]. E sim, eu estou falando da vocalista do Babado Novo, e que, por mais que isso surpreenda muita gente, é uma adoradora de literatura e, principalmente, do estilo de literatura fantástica/sobrenatural.

Essa questão leva a um raciocínio interessante. Muitos de nós temos medo do contato com forças desconhecidas [não?], mas ainda assim somos levados freqüentemente às filas de cinema ou à frente das televisões em filmes e seriados com essa temática. Aliás, um comércio esse que parece não parar de crescer. São filmes, livros, jogos de RPG, jogos de computador, capas de revistas e jornais; é um fato: tudo parece explorar o lado sobrenatural, transformando a questão em um comércio (rentável).

E se esse comércio se mantém ainda firme e forte (vide os temas de quase todos os seriados que estréiam temporadas nos canais a cabo quando os roteiristas americanos não estão em geve) ao longos dos anos, é porque a curiosidade humana pelo tema não decaiu, muito pelo contrário. O fato, acredito, é que essa busca esbarra em uma espiritualidade latente dentro de cada ser vivo. Por mais cético que um homem seja, dentro dele ele ainda precisa responder as questões mais primitivas da vida: de onde viemos? Pra onde vamos? Por que estamos aqui?

E o que gera o medo nesse contato direto acredito que seja exatamente o confronto entre aquilo que ele sabe, e o que ele irá descobrir. Afinal, acredite, para um homem orgulhoso descobrir que o que ele admitia como verdade suprema era falso é algo extremamente desesperador. [e?]. E angustiante (amantes de H.P. Lovercraft que o digam). Pois muito mais fácil é, por exemplo, admitir Jesus Cristo ou Buda como mestre supremo, mas muito mais difícil é seguir e viver suas orientações.

Pois poucos homens estão prontos para morrer em vida, e dessa forma, renascerem em seus próprios conceitos. No fim das contas, meu amigo, o medo do homem não está no contato com o que ele desconhece. [e está no que então?].

Está no medo de perder simplesmente o que ele já pensava conhecer.

imagem retirada de: http://www.brown.edu

Comentários

uma resposta to “Fascínio Sobrenatural”

  1. julian on novembro 5th, 2009 6:57 pm

    o q é isso eles estao tranzando

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