Resenha “Dragões de Éter – Corações de Neve”, por Leandro Reis
Leandro Reis, o autor de “Filhos de Galagh”, escritor nacional de qualidade que eu tanto já indiquei e continuo indicando, e que já havia resenhado “Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas” aqui, colocou no ar dessa vez uma resenha de “Dragões de Éter – Corações de Neve”. Um livro, aliás, que possui uma frase dele na contra-capa retirada exatamente da resenha anterior.
A resenha foi bem positiva e Leandro compreendeu bem o espírito da coisa.
Link original aqui.
Enjoy.
ps: alguns comentários geraram um mal-entendido desnecessário e foram retirados por enquanto, ok?
***
Saudações amigos leitores,
Faz cerca de 1 ano que resenhei o primeiro livro deste mundo criado por Raphael Draccon: Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas. Lembro bem do sentimento da época. Eu o havia considerado um livro interessante por reciclar velhos contos de fada, com história e personagens cativantes, além de um narrador que ora era engraçado e cativante, ora era chato. Um livro que eu gostei.
Pois bem, acabei de terminar o Dragões de Éter – Corações de Neve e existe uma diferença muito grande entre os dois livros. Enquanto eu gostei de um, deste segundo, eu realmente adorei. Vi-me na pele de um semi-deus, observando, quase acreditando que influenciaria aquela história que me fez prisioneiro do seu meio para o fim, libertando-me somente ao virar a última página. Foram, sem dúvida, horas de leitura que senti gosto em gastar.
A trama está mais instigante. Os personagens mais maduros e interessantes. O ritmo mais alucinante. E o narrador encontrou seu equilíbrio, tornando-se imparcial, cativante e, as vezes, engraçado, mas chato, este defeito ele abandonou por inteiro.
A obra segue com os mesmos personagens de Caçadores de Bruxas, acrescentando à trama ainda mais daquelas referencias guardadas em nossas mentes. Foi no começo do livro, em meio às diversas citações aos semi-deuses que fiz uma associação ao licro “A História Sem Fim”, de Michael Ended, livro que venero: Dragões de Éter traz a idéia de que os personagens estão ali no livro realmente, vivendo aquilo tudo naquele instante, onde o combustível de suas vidas e aventuras é gerado por você, leitor. Você, como o Raphael não cansa de repetir, é o semi-deus que os alimenta e os guia.
Ao entender sua premissa é impossível que o leitor não mergulhe na história e se envolva com os personagens que ali vivem, e essa, meus amigos, é a mágica do livro. Uma mágica orquestrada com habilidade, capítulo após capítulo, de um campeonato de pugilismo à derradeira sequência final, que não nos deixa piscar.
Com ação, suspense e romance, este é um livro completo, que dificilmente decepcionará.
Devo avisar, porém, os mais tradicionalistas, que o livro trás um excesso de referências, o que pode irritar alguns leitores. Por outro lado, quem encará-las como homenagens à mente coletiva, ou simplesmente como um acesso à egrégora formada por toda a fantasia que ousamos imaginar, não se decepcionará ao se deparar com as participações, sutis ou não, da Feiticeira do He-man, Robin Hood, Athos e tantos outros ilustres personagens, juntos, em um livro.
Outra parte que pode atazanar os mais impacientes (ou quem não goste de boxe) é o grande campeonato de pugilismo, pois ele ocupa boa parte do livro. Já para os fãs de Rocky é diversão garantida.
Mais uma vez, indico a leitura por dois motivos: – O André Vianco disse: “Raphael Draccon escreve muito, muito bem”, e ele está certo, Raphael tem frases que realmente inspiram e merecem ser lidas; – Você tocará o Éter e retornará a ver João, Maria e Ariane Narin, e sua visão sobre eles será alterada. Mais uma vez.
Comentários
uma resposta to “Resenha “Dragões de Éter – Corações de Neve”, por Leandro Reis”
Escreva uma resposta
Oi Raphael. Vi uma resenha bem legal em um blog, falando do livro 2. Achei que você se interessaria em ver. http://livrosfantasia.blogspot.com/2009/12,dragoes-de-eter-coracoes-de-neve.html